Lula fala com presidente de Israel e cita nova lista para resgates em Gaza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone na tarde desta quinta-feira (16) com o presidente de Israel, Isaac Herzog.
Em nota, o Palácio do Planalto afirma que Lula agradeceu pelo apoio para a repatriação de cidadãos brasileiros que estavam na Faixa de Gaza e disse que "está em preparação uma nova lista de brasileiros e seus parentes palestinos" que desejam deixar a região.
O telefonema durou cerca de 40 minutos e, segundo o governo, Herzog pediu ao presidente brasileiro que reforce o apelo pela libertação de reféns sequestrados pelo Hamas —há cerca de 240 capturados, segundo Tel Aviv.

A mesma nota afirma que Lula se comprometeu com o pedido de Herzog e disse já ter feito apelos pela libertação de reféns em contatos mantidos com líderes do Oriente Médio.
O petista também teria agradecido pelo apoio israelense na operação que trouxe ao Brasil o grupo de 32 brasileiros e palestinos que aguardavam para sair de Gaza pela fronteira com o Egito. Ao apontar que há ainda outros brasileiros e seus familiares no território palestino, Lula ouviu de Herzog "que serão feitos todos os esforços para que esses cidadãos possam sair de Gaza com a devida rapidez", de acordo com o governo brasileiro. A negociação envolve, além de Brasil, Israel e Egito, o Qatar, mediador pelo lado do Hamas.
A nota do Planalto diz que Lula reafirmou também a tradição pacífica do Brasil e repudiou atos de antissemitismo na conversa com Herzog —desde o início da guerra atual, as denúncias do tipo no Brasil aumentam 10 vezes, além de terem se multiplicado também na Europa.
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"[Lula] relembrou que o Brasil esteve envolvido com a criação do Estado de Israel e continua convencido da importância da solução de dois Estados, com Israel e Palestina vivendo lado a lado, com fronteiras seguras e mutuamente aceitas", afirma o governo brasileiro sobre o telefonema.
Na conversa com seu homólogo israelense, o petista também falou sobre a demanda histórica da diplomacia brasileira em relação à "reforma das instâncias multilaterais de governança", como o Conselho de Segurança da ONU. Na presidência rotativa do órgão, em outubro, o Brasil redigiu uma proposta de resolução pedindo cessar-fogo na guerra Israel-Hamas e, apesar de ter recebido votos favoráveis da maioria dos países-membros, o texto foi vetado pelos EUA e não seguiu adiante.
O presidente brasileiro manifestou ao israelense "grande preocupação com a gravíssima crise humanitária em Gaza e consternação com a perda de vidas, em particular de crianças". Em seus pronunciamentos sobre a guerra, Lula costuma citar as estatísticas de mortes divulgas pelo Ministério de Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, enfatizando o número de óbitos de menores —até esta quinta, mais de 4.700.
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