Comitiva bolsonarista nos EUA encontra deputado acusado de desvios até para botox e OnlyFans
Com o objetivo declarado de divulgar o que chamam de ataques à democracia e à liberdade de expressão no Brasil, uma comitiva de políticos bolsonaristas liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), esteve na capital dos EUA nesta quarta (15) e quinta (16).
Apesar da proposta de expor o cenário nacional para alertar políticos americanos que desconhecem a realidade brasileira, a primeira reunião do grupo foi com o republicano filho de brasileiros George Santos, que tem contra si 23 acusações criminais.
No dia seguinte ao encontro, o Comitê de Ética da Câmara dos EUA divulgou um relatório com evidências de que Santos desviou fundos de campanha até para aplicação de botox e para gastos no site conhecido por conteúdos eróticos OnlyFans.
Há menos de um mês, os próprios colegas de partido do republicano pediram a cassação de seu mandato, mas ele conseguiu sobreviver à votação. Santos ganhou notoriedade após o jornal New York Times revelar uma série de inconsistências no currículo do político. Nesta quinta, ele afirmou que não vai disputar a reeleição.
Além de Eduardo Bolsonaro, participaram da delegação os senadores Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-RS) e Eduardo Girão (Novo-CE), e os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO), Altineu Cortes (PL-RJ), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Julia Zanatta (PL-SC).
Acompanhou o grupo Paulo Figueiredo, influenciador bolsonarista neto de João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, e que mora atualmente nos EUA.
O grupo também teve reuniões com a deputada conservadora Marjorie Taylor Greene, que já foi punida pela Casa por apoiar teorias da conspiração, como a QAnon, o deputado Chris Smith, conhecido por seu apoio a Israel e cruzada contra o direito ao aborto, e o líder da maioria na Câmara, o republicano Steve Scalise.
O objetivo das conversas foi mostrar a "realidade do que vem acontecendo no Brasil em termos de censura, liberdade de expressão, de imprensa e imunidade parlamentar para nossas contrapartes nos Estados Unidos", disse Eduardo em vídeo publicado nas redes sociais.
O grupo trouxe consigo uma carta endereçada a congressistas americanos que, segundo eles, tem mais de 80 assinaturas de políticos brasileiros –embora uma lista de nomes não tenha sido provida. O texto diz haver abusos de liberdade de expressão e imprensa, perseguição política a cidadãos comuns, jornalistas e juízes, violação do sistema acusatório, e o que chama de "descaso flagrante pela imunidade parlamentar legal".
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