Propulsão dos futuros submarinos dos EUA transformá-los-á em anjos da morte

Lembram-se daquele icónico filme Caça ao Outubro Vermelho? Esta lembrança serva para traçarmos um paralelismo ao que está a ser desenvolvido pelo Pentágono. Segundo informações, os EUA trabalham numa tecnologia de propulsão para os seus submarinos poderem operar sem serem detetados e lançar ataques nucleares sem possibilidade de resposta.

Ilustração de submarino futurista

Submarinos do futuro: A morte aproxima-se silenciosamente

O Pentágono pretende que os seus submarinos do futuro sejam totalmente indetetáveis, por isso lançou um novo programa para desenvolver uma tecnologia de propulsão absolutamente silenciosa, impossível de localizar por outros submarinos ou pelos microfones de defesa oceânica instalados por potências como a China ou a Rússia nas suas costas.

Estes submarinos poderiam lançar mísseis nucleares literalmente a partir da costa desses países sem serem detetados em momento algum, destruindo o inimigo em questão de minutos, sem qualquer possibilidade de resposta.

Imagem submarino nuclear dos EUA

Classe Virgínia é uma classe de submarinos de ataque nuclear da Marinha dos Estados Unidos | Crédito: U.S. Navy

Para alcançar esse objetivo, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos lançou um programa revolucionário que pode mudar o futuro da propulsão naval. O programa, chamado PUMP, tem como objetivo desenvolver um sistema de propulsão marítima que utilize tecnologia magnetohidrodinâmica (MHD), um sistema que utiliza ímanes e corrente elétrica para propulsionar barcos e embarcações sem peças móveis.

Este sistema, por não ter peças mecânicas ou hélices, não produz ruído do motor ou possibilidade de cavitação, o fenómeno ruidoso que ocorre ao deslocar a água mecanicamente, criando um vácuo que é imediatamente substituído por outras moléculas de água.

As vantagens e desafios da tecnologia magnetohidrodinâmica

Segundo a publicação Militar Naval Technology, os propulsores MHD apresentam vantagens significativas para a defesa e a guerra naval. Em primeiro lugar, por não terem peças móveis, reduzem o ruído e a vibração, tornando impossível a deteção de submarinos e drones em movimento. Além disso, os propulsores MHD teoricamente poderiam impulsionar submarinos a uma velocidade muito maior debaixo de água, ultrapassando em muito a capacidade dos sistemas de propulsão tradicionais. Também ofereceriam uma maior manobrabilidade, uma vez que o propulsor MHD pode teoricamente exercer força instantaneamente em qualquer direção, em vez de depender de lemes e lemes de direção.

Imagem submarino

Yamato-1, um navio MHD em escala real, em exibição em Kobe, Japão. Foto de Geofrog, via Wikimedia, CC BY-SA 2.5

No entanto, existem também desvantagens: embora sejam mais difíceis de detetar por sonar devido ao seu funcionamento silencioso, o 💥️uso de fortes campos magnéticos poderia fazer com que as embarcações equipadas com MHD fossem detetadas por sistemas capazes de detetar anomalias magnéticas. Além disso, os propulsores MHD podem exigir grandes quantidades de energia elétrica, o que poderia significar que os navios que utilizam esta tecnologia precisariam de um gerador mais potente.

O programa PUMP da DARPA é um passo significativo em direção à tecnologia naval. Se for bem-sucedido, pode nos aproximar do lendário "motor de esteira" proposto por Tom Clancy no filme sobre um submarino fictício "Caça ao Outubro Vermelho".

Embora o propulsor MHD do programa PUMP não seja exatamente o mesmo que o fictício motor de esteira, os princípios de propulsão magnética são os mesmos.

Se a DARPA conseguir, o MHD revolucionará a guerra e a defesa naval, inaugurando uma nova era de sigilo e eficiência na tecnologia marítima, capaz de levar mísseis nucleares às praias de qualquer país de forma totalmente secreta.

Como disse o Capitão Marko Ramius (interpretado por Sean Connery) no filme:

Mais uma vez, jogamos o nosso perigoso jogo, um jogo de xadrez contra o nosso velho adversário.

Se os EUA conseguirem, estarão mais perto do que nunca de se tornarem uma potência incontestável. A questão é que, assim como aconteceu com a bomba atómica, a China não demorará a ter a mesma tecnologia, e acabaremos onde começamos, mas numa situação muito pior.

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