Vêm aí os primeiros autocarros elétricos autónomos na Europa
Pensem numa cidade onde as carreiras são sempre iguais, o trânsito é estudado e os terminais são bem conhecidos. Num mundo "perfeito" os autocarros não precisavam de ter condutor, visto que a rotina poderia ser automatizada. Na teoria esta realidade poderá chegar às nossas cidades e há quem queira passar do papel para as estradas. Como tal, já começaram os testes dos primeiros autocarros elétricos autónomos na Europa.
Elétricos, autónomos e económicos
Milton Keynes, uma cidade do sudeste da Inglaterra, situada cerca de 70 km a noroeste de Londres, dá as boas-vindas aos autocarros elétricos autónomos que marcam um antes e um depois na mobilidade urbana.
A Aurrigo International PLC, uma referência global em soluções de transporte, apresentou o seu papel fundamental no 💥️projeto Living Lab for Autonomous Electric Vehicles, financiado pela União Europeia. Os seus veículos Auto-Shuttle estão prontos para revolucionar o transporte, embora, por enquanto, contem com um condutor de segurança. Mas estará o público pronto para autocarros sem condutor?
Uma iniciativa Paneuropeia
O projeto não procura apenas eliminar a necessidade de um condutor de segurança a bordo, mas também estabelecer confiança na condução autónoma através de um sólido quadro de segurança transnacional. Tudo isto é realizado com uma estreita colaboração entre cidadãos, cidades, operadores, académicos e outros intervenientes.
A diversidade é uma das suas grandes forças. Esta iniciativa abrange diferentes cidades europeias, como Praga, Brno e Milton Keynes. A colaboração inclui parceiros industriais, municípios e a University College London, que lidera o projeto.
Tecnologia como o LiDAR estará já madura para as cidades europeias?
A empresa por trás deste ambicioso projeto, a Aurrigo, diz que é um marco no caminho do transporte autónomo. David Keene, CEO da Aurrigo, expressou o seu entusiasmo pela participação no projeto e destacou as vantagens únicas do Auto-Shuttle, como a sua visão 3D constante, graças à integração de tecnologias como LiDAR e câmaras.
Especialistas em Mobilidade, da Universidade de Londres, destacam a capacidade transformadora destes autocarros autónomos nas cidades, que podem enfrentar desafios como a redução de emissões ou a melhoria da mobilidade de ciclistas e peões. No entanto, advertem sobre os desafios atuais, como a falta de um quadro regulamentar transferível entre cidades europeias e a aceitação pública.
O compromisso da Aurrigo com o projeto não é apenas tecnológico, mas também financeiro. Noventa por cento dos custos do projeto, que ascendem a €274.820, são financiados pela UE, enquanto os restantes 10%, ou seja, €30.506, provêm da Aurrigo.
A implementação dos Auto-Shuttles da Aurrigo teve início no passado dia 19 de setembro.
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