?É de comer??: Ela quer mais plantas 'diferentonas' no prato

Ainda quando era criança, foi a avó que apresentou o poder das plantas. Amanda Brasil ainda lembra de ter aprendido com ela, que era grande conhecedora de ervas medicinais, a identificar e colher plantas diversas para usar na cozinha.

"A gente usava taioba, bertalha, beldroega...", relembra. Já adulta, ela se reencontrou com o mundo das plantas não convencionais quando resolveu morar em um sítio no interior do Rio de Janeiro, há seis anos. "Eu achei o máximo poder reutilizar esse conhecimento e poder voltar a consumir plantas que são nutritivas e saborosas."

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Dona de um blog de gastronomia à época, Amanda começou a testar receitas usando PANCs, ou seja: 💥️Plantas Alimentícias Não Convencionais - termo criado pelos estudiosos Valdely Kinupp e Harri Lorenzi para designar aquelas💥️ plantas que podem servir de alimento, mas que, em geral, não são disponibilizadas nas gôndolas dos supermercados.

Apesar de ser um termo relativamente novo (começou a ser mais usado em 2014), as PANCs são conhecidas há muito mais tempo e têm vários adeptos no Brasil e no mundo. Amanda Brasil, 40, é geógrafa, especialista em educação ambiental, gastróloga e uma dessas pessoas que prioriza a alimentação com essas plantas.

PANClândia - Wesllen Braga - Wesllen Braga PANClândia - iStock - iStock PANClândia - Felipe Oliveira - Felipe Oliveira

Na avaliação da especialista, as PANCs são totalmente acessíveis desde que a pessoa tenha interesse em aprender e saiba usá-las com responsabilidade. "A natureza é a maior despensa que a gente pode ter à nossa disposição", avalia.

Obviamente a gente não vai tirar as plantas de qualquer lugar nem vai dizimar determinados ecossistemas. Precisamos entender que existem outros organismos que precisam daquelas plantas

💥️Amanda Brasil, criadora do PANClândia

Além das informações que divulga pelo Instagram, Amanda também ministra workshops e oficinas em que os participantes vão aprender a identificar e reconhecer as PANCs na natureza, a cultivar esse tipo de planta e, por fim, a entender a melhor forma de aproveitamento na culinária.

"A gente faz essas oficinas utilizando todo o aparato sensorial. Observamos a planta como um todo, desde o formato da folha e a posição do galho até o local em que ela nasce. Também usamos o tato e sentimos o cheiro. Só podemos provar se tivermos certeza. Essa é a advertência que fazemos: não tem certeza se é uma planta comestível, não coma."

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