Qatar: Que o amor vença entre tanto machismo e transfobia

Eu sou uma pessoa que não gosta de futebol. Acho uma perda de tempo. Mas é desse mundo a mim bastante estranho que vem a inspiração para fazer a coluna de hoje.

Uma amiga comentou comigo que torcedores argentinos fizeram vários cantos racistas e transfóbicos dirigidos à seleção francesa, em especial a Mbappé. Fui pesquisar mais a fundo do que se tratava, e, segundo divulgado pelas colunas de fofoca, ele estaria namorando (ou pelo menos mais amigo) de uma tal Ines Rau, modelo trans que já até posou para a Playboy.

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Isso é algo que já seria escandaloso em outros contextos; afinal, parece um tabu para a sociedade que as pessoas se gostem, especialmente se for um relacionamento entre uma pessoa cis e uma pessoa trans. E isso ganha contornos ainda piores no mundo do futebol, extremamente propício a manifestações preconceituosas. Passarei longe de falar do comportamento dos torcedores argentinos, que historicamente se assemelha ao de marginais (com todo respeito aos meus amigos argentinos que gostam de futebol).

O que me interessa aqui é a censura ao amor livre e à plena experiência da sexualidade. Lembro de quando aconteceram várias polêmicas envolvendo Richarlyson e tudo que ele teve que passar por causa do ambiente tóxico do futebol até assumir a sua bissexualidade.

O excesso de testosterona parece enturvar a cordialidade das pessoas e trazer o que há de pior nelas. Não é saudável tolher as pessoas em defesa de protocolos ridículos de autoafirmação de uma masculinidade frágil. Deixemos o amor vencer o excesso de hormônios.

O que você está lendo é [Qatar: Que o amor vença entre tanto machismo e transfobia ].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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