56,4% das crianças não são alfabetizadas. A educação precisa entrar na sala

A realidade atravessa o novo cenário. No período anterior à pandemia, o número de não alfabetizados era menor: 39,7%; já o de alfabetizados era de 60,3%. A metodologia da pesquisa reúne resultados que fazem o Inep adotar, pela primeira vez, uma nota de corte de 743 pontos na escala do Saeb para definir se o aluno está alfabetizado ou não.

Com a média, será possível medir o desempenho nacional para indicar se o estudante do final do 2º ano do ensino fundamental domina um conjunto de habilidades.

O sentimento em razão da avaliação do cenário pôs o ministro da Educação, Camilo Santana, emudecido. "São tristes os números do Brasil porque praticamente 60% das crianças brasileiras não se alfabetizam no final do segundo ano. É algo que precisamos reverter. Isso gera evasão, reprovação e abandono de escola''. O pesar do ministro vai de encontro às famílias, que lutam diariamente para manter seus filhos matriculados e recebem como resposta a falta de políticas públicas, incapazes de reter a presença e continuidade deste futuro.

A estas crianças - em que me vejo tão representado por ter sido estudante de escola pública - não foi dado o direito mais básico de escrita e interpretação, elementos fundamentais para o progresso educacional de qualquer ser humano. São bases que possibilitam o crescimento pessoal para o descortinar profissionalmente.

Para nós enquanto sociedade, precisamos estar atentos e em alerta sobre aquilo que nos aflige. Sentir e constatar que o futuro está sendo roubado não pode parecer para nós apenas e somente um fato. Precisamos agir, correndo contra o tempo para sanar os danos gerados pelos últimos anos, com impactos a médio e longo prazo.

É sabido que a messe é grande, e os operários poucos. Mas um sentimento de raiva há de nos mobilizar pela mudança de um cenário que, de longe, é mais do que catastrófico. Não é possível que vamos nos contentar com os pífios desempenhos sem nada fazer. É preciso intervir, da melhor forma, e justamente na area que dá base ao desenvolvimento de um projeto de nação.

O ministro da Educação resumiu bem: ''O Brasil perde milhões de crianças e jovens ao longo do ensino básico. Precisamos fechar a torneira disso". Para ontem.

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