Nova política industrial fixa metas e define rumos para a reindustrialização

A Nova Indústria Brasileira (NIB), um conjunto ambicioso de medidas para promover a reindustrialização do País anunciado ontem pelo governo federal, parte das quais já em andamento, despertou a “ira sagrada” de conservadores, analistas alinhados com as correntes mais retrógradas do pensamento econômico, consultores manjados e lobistas – palavras sinônimas em vários casos. Em síntese, a “velhacaria” de sempre. A grande imprensa, em sua cegueira habitual, recebeu o programa com paus e pedras, classificando-o como uma tentativa de reeditar políticas “velhas”, intervencionistas e fadadas ao fracasso, pois não teriam dado certo lá atrás, sempre na sua visão distorcida.

Apenas para relembrar, os mesmos analistas não tiveram o menor pudor ao bombardear o anúncio da descoberta das reservas do pré-sal, “denunciado” como mero fruto de propaganda, uma enganação destinada a enganar trouxas e engabelar investidores. Uma “enganação” que, ano passado, trouxe para o País em torno de US$ 55,6 bilhões em exportações. Objetivamente, a nova política industrial combina políticas de compras governamentais, com prioridade para a produção local, linhas de crédito a juros competitivos internacionalmente, recursos não reembolsáveis para fazer frente aos riscos inerentes a investimentos em inovação, além de projetos de inserção “qualificada” das empresas no mercado internacional e de desburocratização. O objetivo central é promover o que os especialistas têm chamado de “neoindustrialização”, baseada em inovação, ganhos de produtividade e numa indústria mais verde, alinhada à transição energética colocada em marcha globalmente diante da necessidade de conter o aquecimento e as mudanças no clima.

💥️Novidades

Há pelo menos três novidades a serem consideradas na política recém-anunciada, a começar por uma diferença básica em relação a outros programas na mesma linha: a NIB nasce já com metas definidas e recursos disponíveis. Outra, já mencionada, diz respeito à decisão de utilizar as compras do setor público como ferramenta para estimular a produção local e, portanto, a geração de empregos aqui dentro. Não se trata exatamente de uma novidade, já que o caminho foi tentado outras vezes, mas timidamente, no caso brasileiro ao menos, já que países “ comunistas” como Estados Unidos, Alemanha, Japão e outros historicamente sempre recorreram às compras realizadas por seus governos para apoiar a produção industrial nos seus países. E a terceira diz respeito à execução, que ficará a cargo de instituições públicas e privados, a exemplo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

💥️Balanço

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