Empresários de calçado fazem as malas para “chutar” falta de encomendas &

Depois de perderem dez milhões de pares de calçado na exportação durante o ano passado – as 💥️vendas no estrangeiro encolheram 8% em valor face a 2022, para um total de 1.839 milhões de euros –, os industriais portugueses começam a “dar corda aos sapatos” para tentar💥️ recuperar as encomendas perdidas nos mercados internacionais, que absorvem perto de 90% da produção nacional, com destino a 173 países nos cinco continentes.

💥️No calendário deste ano há um conjunto de 53 ações promocionais em 18 mercados diferentes. Um número já próximo das iniciativas em que os empresários do setor chegaram a participar antes da pandemia – e bem acima das 28 e das 38 concretizadas em 2022 e em 2023. A associação do setor (APICCAPS) contabiliza ao ECO que o 💥️orçamento para 2024 ascende a oito milhões de euros, “um dos maiores investimentos de sempre”.

“Significa, desde logo, que 💥️estamos a fazer mais em matéria de promoção comercial externa. Mas ainda não é suficiente. Queremos ter mais empresas em mais ações e em mais mercados. Queremos acelerar o passo e ir à conquista de novas oportunidades. 💥️Além de consolidar a presença nos mais exigentes mercados europeus, nos dois próximos anos vamos explorar oportunidades na Europa de Leste, nos EUA, Coreia do Sul e Japão”, explica o porta-voz, Paulo Gonçalves.

💥️Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Hong Kong, Itália, Japão, Marrocos, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia e Reino Unido. Estes são os 18 mercados-alvo selecionados para 2024 e estão enquadrados no mais recente plano estratégico desenhado para o setor, que até 2030 quer empresários com estudos e a subcontratar mais no estrangeiro.

Apresentado em novembro de 2022, este documento mapeou até as 💥️145 cidades no mundo que devem ser consideradas prioritárias (63% delas concentradas na Europa e nos EUA) por serem “núcleos significativos de clientes com apetência por calçado de alta qualidade, com forte componente de moda e ✅design ou exigentes requisitos técnicos”.

calçado mercados

As💥️ três maiores empresas do ✅cluster do calçado em Portugal continuam a ser multinacionais de origem europeia, implantadas no Norte do país desde as décadas de 70 e 80, e que em conjunto respondem por um volume de negócios superior a 180 milhões de euros e asseguram quase 2.000 postos de trabalho no país. 💥️Lidera a alemã Gabor (fábrica em Barcelos), segue-se a dinamarquesa Ecco (Santa Maria da Feira) e fecho o pódio a alemã Ara (Seia).

Paulo Gonçalves garante que o setor 💥️continua a estar “no radar de investidores estrangeiros, em especial no segmento de luxo”, notando que “praticamente todas as principais marcas à escala mundial já estão a operar direta (com fábricas) ou indiretamente (subcontratando) em Portugal”. “Procuram-nos pelo 💥️saber-fazer acumulado, capacidade de desenvolvimento, flexibilidade produtiva e, mais recentemente, por questões relacionadas com a sustentabilidade e responsabilidade social”, resume o diretor de comunicação da APICCAPS.

No último ano, 💥️enquanto as exportações de calçado encolheram 8,2%, as vendas no exterior de artigos de pele e marroquinaria cresceram 14% para 310 milhões de euros, e nos componentes aumentaram 13,6% para 73 milhões de euros. Valores e competências que levam a associação a reforçar a lógica de fileira e encarar estes segmentos como “estratégicos” na afirmação da indústria nacional de calçado. Em preparação está uma campanha com o ✅slogan “Portuguese Shoes Cluster”.

Paulo Ribeiro, vice-presidente da APICCAPS, sustenta que “um dos principais argumentos competitivos da indústria reside precisamente no facto de existir, 💥️num raio de 50 quilómetros da cidade do Porto, uma oferta variada de todo o tipo de componentes e de serviços à disposição das empresas de calçado”.

E numa altura em que “tanto se fala de produção de proximidade”, acrescenta o dono da Atlanta, que expandiu a fábrica de solas de borracha na Lixa, a indústria portuguesa é “uma das mais qualificadas do mundo, que se soube reinventar, evoluir técnica e tecnologicamente, e por isso está no radar das grandes marcas internacionais da especialidade”.

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