Portugal defende entrada do Brasil, Índia e dois países africanos no Conselho de Segurança da ONU &

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu esta quinta-feira 💥️a entrada permanente do Brasil, Índia e de dois países africanos no Conselho de Segurança das Nações Unidas e também a necessidade de “repensar a utilização do veto”.

“Sublinhamos pela necessidade de termos o Brasil, a Índia e dois país africanos como membros permanentes e outros como membros rotativos”, afirmou aos jornalistas João Gomes Cravinho, à margem do segundo e último dia de reuniões dos chefes de diplomacia das 20 maiores economias do mundo, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

O ministro português, convidado pelo anfitrião brasileiro a participar das reuniões, considerou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas é, neste momento, 💥️“um anacronismo porque corresponde à realidade geopolítica de há quase 80 anos”. China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos são neste momento os representantes permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“💥️Temos efetivamente de avançar nesse sentido, caso contrário haverá um definhamento na utilidade das Nações Unidas”, disse, considerando que a reforma na governança global é crucial, porque “a desordem internacional tem sido alimentada por alguma degradação das próprias instituições”. Durante as reuniões, Portugal defendeu ainda a necessidade de se repensar o poder de veto nas Nações Unidas, “para impedir o constante bloqueio” a que se tem assistido nos últimos tempos.

As reformas da governança global foi precisamente o tema tratado esta quinta, segundo e último dia das reuniões, sendo que 💥️a posição portuguesa está em linha com a do Governo brasileiro, que considerou como uma das suas prioridades para a presidência do G20 a necessidade de reformas nas instituições de governança global, como nas Nações Unidas, Organização Mundial de Comércio e bancos multilaterais.

💥️As discussões desta quinta serviram ainda para estabelecer uma base de trabalho que será aprofundada numa segunda reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros a realizar em setembro, em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia das Nações Unidas, num evento sem precedentes no G20.

O Brasil, que assumiu a presidência do G20 a 01 de dezembro de 2023, é o anfitrião do encontro de dois dias que reuniu os máximos responsáveis diplomáticos das 20 maiores economias do mundo, como o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o chanceler russo, Sergei Lavrov, mas também o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, os responsáveis da União Africana, autoridades dos países convidados da presidência brasileira, como o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, e representantes de doze organizações internacionais.

💥️O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, marcou igualmente presença a convite do Brasil, assim como Angola, que se faz representar pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.

As prioridades da presidência brasileira para o seu mandato à frente do G20 são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global, nomeadamente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo que tem vindo a ser defendido por Lula da Silva desde que tomou posse como Presidente do Brasil, denunciando o défice de representatividade e legitimidade das principais organizações internacionais.

O Brasil, que exerce a presidência do G20 desde o primeiro dia de dezembro de 2023, convidou Portugal, Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para observadores da organização. Portugal estará presente em mais de 100 reuniões dos grupos de trabalho, em nível técnico e ministerial, em cinco regiões brasileiras, culminando a presidência brasileira com a Cimeira de chefes de Estado e de Governo, que será realizada no Rio de Janeiro, em 18 e 19 de novembro.

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