Pinto Balsemão diz que políticos eleitos não se apercebem de desafios que enfrentam &

O empresário e antigo primeiro-ministro de Portugal, Francisco Pinto Balsemão, considerou esta sexta-feira que os políticos democraticamente eleitos não se apercebem dos grandes desafios que enfrentam, por andarem atarefados com “os seus casos e casinhos”.

💥️“Na azáfama dos seus casos e casinhos, os políticos democraticamente eleitos parecem não se aperceber dos grandes desafios que enfrentam, num mundo onde, em terra, no mar e no ar, a sustentabilidade do planeta continua a ser posta em causa”, sustentou. A Universidade de Coimbra (UC) celebra hoje o seu 734.º aniversário, tendo entregado durante a tarde o Prémio UC a Francisco Pinto Balsemão, o antigo primeiro-ministro de Portugal (1981-1983), que é também o fundador e atual presidente do conselho de administração do grupo Impresa.

Durante a cerimónia de comemoração do Dia da Universidade de Coimbra, Pinto Balsemão, de 86 anos, sublinhou que vivemos atualmente num mundo cada vez mais global, no entanto, cada vez mais dividido. 💥️“Tudo isto me leva a perguntar: que democracia queremos e que democracia é possível, perante todos os novos desafios que surgiram nas últimas décadas e, em particular, já no século XXI?”, questionou.

Ao longo da sua intervenção, o presidente do grupo Impresa e fundador do PSD, aludiu a alguns dos problemas graves que enfrentaremos a curto prazo, nomeadamente com a💥️ guerra entre a Ucrânia e a Rússia, o futuro de Putin, China-Taiwan, conflitos diversos em África, alvoroços permanentes na América Latina e a incerteza quanto aos resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

“Tudo isto sem sabermos se haverá água, recursos naturais, energéticos, financeiros e técnicos para conduzir a nave a bom porto. 💥️É na procura de respostas a estas e outras perguntas que continuarei a empenhar-me”, assegurou.

Já o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, aproveitou a cerimónia para criticar o silêncio dos candidatos às eleições legislativas de dia 10 de março, sobre as questões do Ensino Superior, Ciência e Inovação.

“💥️É com bastante preocupação que verifico que, nos múltiplos debates entre as diferentes forças partidárias, não tenham sido feitas, até ao momento, referências explícitas ao Ensino Superior, Ciência e Inovação. Este silêncio é profundamente perturbador e muito preocupante, porque ou não existem ideias para o setor, ou não se lhe reconhece a sua importância para o país”, afirmou.

Em seu entender, 💥️pessoas mais qualificadas geram mais riqueza para o país e estão mais habilitadas a defender a democracia. “Olhar para o Ensino Superior, Ciência e Inovação como algo acessório é um erro enorme que compromete as gerações futuras”, acrescentou. Sobre o laureado deste ano com Prémio UC, Amílcar Falcão destacou o amplo currículo de Pinto Balsemão na construção e consolidação do regime democrático em que vivemos há meio século.

“Dedicado à causa pública desde o ocaso da ditadura, num percurso onde se inclui o exercício de alguns dos mais altos cargos da nação, como primeiro-ministro e conselheiro de Estado, o doutor Francisco Pinto Balsemão tem desempenhado um papel fundamental na promoção da liberdade de imprensa, condição essencial para uma sociedade democrática”, alegou.

De acordo com o reitor da UC, desde 1973, no Expresso, e mais tarde também na SIC, o premiado deu sempre voz à sociedade portuguesa e a assuntos que outros teriam preferido silenciar. “O seu percurso de vida é, por isso, uma fonte de inspiração para todos nós e para as gerações futuras”, concluiu.

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