Salários reais têm crescido menos do que produtividade, sobretudo no turismo &

Os 💥️salários reais 💥️dos trabalhadores portugueses têm crescido menos do que a produtividade, aponta um estudo publicado esta quarta-feira pelo Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLabor). 💥️Em setores como o alojamento, a restauração e o imobiliário, essa diferença entre ganhos e produtividade “é particularmente aguda“. Chega a ser quatro vezes mais expressiva do que a média nacional.

“No que concerne à relação entre salários e produtividade, constata-se que, 💥️desde 2013, o ganho médio real dos trabalhadores evoluiu abaixo da produtividade média 💥️real, com exceção do verificado em 2023, ano em que a pandemia da Covid-19 teve impactos económicos pronunciados”, é explicado no estudo da autoria de Frederico Cantante, investigador do CoLabor e professor do ISCTE.

Em concreto, entre 2013 e 2022, 💥️o ganho médio real aumentou 10,6%, enquanto a produtividade real avançou 18,7%. Ou seja, houve uma 💥️diferença de 8,1 pontos percentuais.

Tal leva o CoLabor a sublinhar que “o período posterior à Grande Recessão foi, sobretudo, marcado por um 💥️desajustamento💥️ entre a evolução dos salários e da produtividade”. Por exemplo, olhando só para 2022, o ganho médio real caiu, por efeito dos níveis históricos de inflação, mas nesse ano a produtividade real aumentou, como mostra o gráfico abaixo.

Embora este seja o cenário geral para o mercado de trabalho português, há determinados setores que se destacam. No 💥️alojamento, restauração e similares, o hiato entre a evolução dos salários e a da produtividade foi “particularmente agudo”: enquanto o ganho médio real aumentou 19,4%, a produtividade apreciou-se 54,7%, o que resulta numa 💥️diferença de 35,3 pontos percentuais.

Da mesma forma, nas 💥️atividades 💥️imobiliárias, o ganho real aumentou 8,6%. Enquanto isso, a produtividade melhorou 43,4%. Ou seja, houve um hiato de 34,8 pontos percentuais.

E também na 💥️agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, e no 💥️comércio por grosso e a retalho, e na💥️ reparação de veículos automóveis e motociclos foram registados fossos bem superiores à média nacional (25,2 pontos percentuais e 24,1 pontos percentuais, respetivamente).

Apesar de esta ter sido a tendência, o CoLabor realça que há setores onde, pelo menos, um destes indicadores recuou, na última década. É o caso dos 💥️transportes e 💥️armazenagem, onde 💥️a produtividade caiu (1,6%), mas o ganho médio avançou (9,1%), fugindo, assim, à regra verificada para o conjunto do mercado de trabalho português.

Já no setor da 💥️eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, tanto a produtividade como o ganho médio real recuaram, na última década, mas o primeiro indicador caiu mais do que o segundo, o que também contraria a tendência geral apurada para o mercado de trabalho.

Esta análise do CoLabor é particularmente relevante numa altura em que os salários têm sido um dos temas quentes do mercado de trabalho português, com 💥️economistas e empregadores a avisarem que só se a produtividade aumentar será possível praticar aumentos robustos — aproximando os ordenados portugueses dos praticados noutros países europeus.

Ora, o estudo publicado esta quarta-feira confirma que há uma correlação positiva entre os ordenados e a produtividade, mas deixa um alerta. 💥️“Os níveis salariais médios das atividades económicas tendem a correlacionar-se positivamente com a sua produtividade, embora de forma não linear”, destaca o CoLabor.

Deste modo, são traçados 💥️vários perfis setoriais. Há atividades económicas com valores baixos para o ganho médio e para a produtividade, como é o caso do alojamento, restauração e similares. Mas também atividades cuja produtividade está “em linha ou acima da média nacional”, mas o ganho pouco supera o verificado no perfil anterior. É o caso do comércio e das atividades imobiliárias.

Já o setor da informação e comunicação (no qual se incluem os empregos ligados à informática) destaca-se ao aliar 💥️uma produtividade média que representa cerca do 💥️dobro da média nacional 💥️a um ganho médio próximo dos 2.000 euros — “um valor bastante acima do apurado para o conjunto da economia”.

Por outro lado, setores como o💥️ comércio, as atividades de consultorias e as indústrias transformadoras conseguiram uma produtividade em linha ou pouco acima da média nacional e também contribuíram em 35% para o emprego líquido criado.

Já os setores onde a produtividade mais cresceu deram um contributo menos acentuado para o emprego. As atividades de informação e comunicação, por exemplo, o registaram uma “💥️produtividade acima da média nacional” e contribuíram “em cerca de 9% para o emprego líquido criado entre 2013 e 2022“.

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