Pedrógão Grande está contra instalação de central solar flutuante na Barragem do Cabril &

“A instalação do projeto da central fotovoltaica flutuante de Cabril 💥️terá um gravíssimo impacto negativo no concelho de Pedrógão Grande e nos territórios (concelhos vizinhos)”, lê-se num documento elaborado pelos serviços municipais, analisado na reunião pública da autarquia, na freguesia da Graça.

O 💥️projeto abrange Pedrógão Grande (distrito de Leiria), Sertã (Castelo Branco) e Pampilhosa da Serra (Coimbra), concelhos que partilham a albufeira de Cabril.

Segundo o documento, inerente à central fotovoltaica flutuante,💥️ vai ser executada uma linha elétrica aérea com cerca de 36 quilómetros, abrangendo vários concelhos.

“As aldeias que caracterizam o património construído de Pedrógão Grande e que se encontram perto desta linha de água poderão ver aumentar o despovoamento”, adianta o documento, admitindo que “parecem estar em risco, pois com a proposta da instalação de painéis fotovoltaicos flutuantes (bem como com a linha de transporte de energia que dali sair) é certo que a paisagem visual mudará drasticamente”.

O documento, que analisou vários aspetos, incluindo ordenamento do território, proteção civil, recursos hídricos e rentabilidade financeira, aponta também para💥️ a violação do Plano Diretor Municipal e do Plano de Ordenamento da albufeira.

Reconhecendo que se está numa “fase crucial em que a prioridade é descarbonizar”, a autarquia considerou, contudo, que “não deve ser efetuada a qualquer custo, nem colocar em causa recursos estratégicos para o desenvolvimento do concelho”.

“Descarbonizar é um importante processo; no entanto não pode ocorrer carbonizando a economia de uma das regiões rurais e mais débeis do país”, assinalou, defendendo que a central solar flutuante “não representa uma mais-valia para o concelho”.

Por outro lado, classificou a compensação financeira como uma “gota de água da barragem” face ao “prejuízo e os impactos negativos que daí resultarão, que são muito superiores aos positivos, colocando em causa valores sociais associados ao uso do rio e a ligação da população a este, a qualidade da água, a paisagem, o turismo, a atratividade e endogenia do local”.

O presidente do município, António Lopes, realçou 💥️o trabalho desenvolvido pela autarquia, como a estação náutica, e lembrou que há atividades ligadas ao turismo naquela zona, além de outras que “historicamente são desenvolvidas”, como a pesca lúdica ou profissional.

De acordo com António Lopes, 💥️a “própria passagem da linha vai afetar a qualidade de vida daquelas pessoas e do ambiente”, e vai também entrar em “rota de colisão” com o abastecimento de água de aeronaves de combate a incêndios.

Município rejeita linha de alta tensão

O município de Pedrógão Grande Também rejeitou, esta sexta-feira, a proposta de mais uma linha de muito alta tensão atravessar o concelho, considerando que, a concretizar-se, aumenta “ainda mais” o risco de incêndio.

“Depois dos incêndios de 2017, colocar mais linhas de alta tensão a cortar o concelho de Norte a Sul, na zona mais florestal,💥️ é aumentar ainda mais o risco de ignição e transporte do fogo pelas linhas“, segundo um documento submetido esta sexta-feira, na reunião do executivo municipal, realizada na freguesia da Graça, relativo à linha de muito alta tensão de 400 kV Pego/Abrantes — Anadia.

Para o executivo, unânime nesta matéria, “este território merece mais respeito, dado já ter diversas linhas de muito alta tensão”, o que condiciona “gravemente a paisagem rural do concelho”.

“A linha de muito alta tensão 400 kV Pego/Abrantes a Anadia terá impacto negativo no concelho”, lê-se no documento, explicando que, nas últimas décadas, Pedrógão Grande “foi atravessado por uma linha de muito alta tensão e já está prevista outra”, além das linhas que ligam “a barragem do Cabril à barragem da Bouçã”.

Para a autarquia, ainda assim, a 💥️proposta do corredor “a poente da Serra da Lousã”, que tem “um pequeno troço de linha de muito alta tensão” que atravessa Pedrógão Grande, 💥️“terá menos impacto”, dado que, “grande parte desse corredor, não tem qualquer linha de alta tensão”.

Contudo, a câmara defendeu que esta linha de muito alta tensão “não representa uma mais-valia para o concelho”, atendendo aos “impactos negativos que daí resultarão, que são grandes”, exemplificando com a paisagem ou o turismo.

Os incêndios que deflagraram em junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

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