Análise: A & máquina& Gyokeres também tem um lado humano? "É dif&a

Avançado soma muitos minutos, golos, assistências, quer ir a todas as bolas, é incansável em campo, mas ainda não tem 'superpoderes'. Algum desgaste tem sido notório nos últimos jogos, deverá Rúben Amorim fazer uma gestão física do sueco? Análise: A 'máquina' Gyokeres também tem um lado humano? "É difícil que mantenha sempre o mesmo rendimento" epa11173405

A contratação de Viktor de Gyokeres, no defeso, já se pode dizer que foi uma jogada de mestre por parte dos responsáveis do Sporting. Foram muitos os céticos que torceram o nariz quando os verdes e brancos decidiram investir 20 milhões de euros por um avançado que jogava na Championship em Inglaterra, no Coventry.

Ao contrário de outros jogadores que chegam a outra realidade e que precisam de tempo para se adaptar, o dianteiro assentou que num uma luva na equipa de Rúben Amorim. Com Gyokeres, a equipa pôde experimentar outras dinâmicas, como o ataque à profundidade, permitindo ainda libertar outros jogadores nas zonas de finalização, foi o caso de Paulinho, que já conta com 13 golos esta temporada.

Mas Gyokeres não é só golos – 💥️já leva 32 esta temporada em 35 jogos – o sueco também tem sido primordial na criação de oportunidades, tanto que soma 10 assistências. A força, a capacidade de esticar o jogo com bola e a forma inteligente como finaliza são outras das suas principais características.

Estes números têm ajudado o Sporting a superar o melhor registo na era Amorim, são já 66 golos apontados, isto quando faltam 10 jornadas até final do campeonato.

A nível físico, o sueco também impressiona, sempre disponível para dar tudo em todos os lances, e ligado do primeiro ao último minuto. Rúben Amorim também não tem abdicado dele, mas está ciente de que será necessário fazer uma boa gestão do avançado escandinavo para o que resta da temporada. Nos 35 jogos em que foi utilizado só em sete ocasiões o atacante de 25 anos não cumpriu os 90 minutos: Frente a Young Boys (73´), SC Braga (84´), Tondela (59´), Sturm Graz (46´), Dumiense (64´) e Boavista (86´).

A máquina sueca também tem um lado humano

Embora esteja a manter a média de golos, fez o gosto ao pé nos últimos quatro jogos, é uma maior quebra no dianteiro, e isso foi notório nos últimos embates. No embate frente ao Benfica, Gyokeres acabou o jogo já 'sem pilhas', algo pouco habitual no até agora 'indestrutível sueco'.  Frente ao Farense, o jogador esteve um 'pouco' mais quizilento, não escondendo a frustração em determinados momentos. Face à sua capacidade física, por vezes tenta resolver tudo sozinho, às vezes, bastava pausar, levantar a cabeça e encontrar um colega em melhor posição.

O dianteiro, que leva quase sempre a melhor nos duelos físicos, é alvo também da ‘agressividade’ defensiva das equipas adversárias, o que deixa naturalmente marcas.

Poupar ou não poupar contra a Atalanta

O Sporting entra em campo já esta quarta-feira contra a Atalanta, um desafio importante numa competição em que os leões têm ambições, apesar da prioridade passar naturalmente pelo campeonato. 💥️Em declarações ao Desporto, Tonel antigo defesa do clube e comentador desportivo, reconhece que Gyokeres vive um momento menos fulgurante, mas ainda assim não acredita que o sueco se sente no banco na partida frente aos italianos.

"O nível de rendimento dele está muito bom, mas não está ótimo como já esteve. É difícil fazer uma época inteira sempre ao mesmo nível e nas últimas semanas baixou um pouco, daí notar-se alguma frustração", disse. Tonel espera apenas alterações cirúrgicas no encontro em Alvalade desta quarta-feira e explica os motivos. "Não acho que Rúben Amorim faça uma grande gestão conta a Atalanta, um bom resultado também dá confiança para o jogo em Arouca", sublinha, não tendo dúvidas de que o Amorim irá apresentar uma equipa competitiva. "Daquilo que eu oiço, o Sporting mesmo que olhe para o campeonato com uma prioridade não vai dar deixar de dar um passo em frente na Liga Europa".

Ainda assim, Tonel acredita que o treinador dos leões possa gerir a condição do avançado sueco, consoante o resultado e o momento de cada jogo. "Uma coisa é jogar 70 minutos, outra coisa são 90, e é naqueles 15 ou 20 minutos que a fadiga se acentua mais. Se jogar 70 minutos, e depois descansar quatro dias é totalmente diferente", afiança.

As partidas frente a Benfica e sobretudo frente ao Farense em Alvalade, em que o Sporting suou para bater o conjunto algarvio, denotaram alguma falta de concentração da equipa, que o se explica pela "falta de agressividade" da equipa no momento defensivo.

Após a Atalanta, terá pela frente o Arouca, uma equipa que venceu seis dos últimos sete jogos, entre quais frente ao FC Porto. "Estive em dois jogos do Arouca, a fazer comentários para a SportTV, e é uma equipa que está num momento excelente, está confiante e tem muita qualidade” e que conta com o "Cristo González e o Rafa Mujica". É um jogo de elevada dificuldade e a equipa tem que estar tem que estar preparada”, alerta.

O Sporting recebe esta quarta-feira a Atalanta, desloca-se no domingo à Arouca e volta a defrontar os italianos no dia 14 em Bérgamo.

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