Titanic levava 12 cães a bordo, mas só três sobreviveram

Alguns dos nove cães que naufragaram com o Titanic em 1912 - Reprodução/Arquivo American Kennel Club

De Nossa

17/07/2023 04h00

"Um dos pomerânios se chamava Lady, foi comprado pela senhorita Margaret Hays enquanto estava em Paris e dividia a cabine com ela. Ela foi enrolada pela senhorita Hays em um cobertor quando foi dada a ordem de evacuar", descreve o pesquisador J. Joseph Edgette da Widener University.

Já o pequinês se chamava "Sun Yat-Sen" e era companheiro de Myna Harper e seu marido, Henry S. Harper, herdeiro da editora Harper & Row de Nova York. Questionado a respeito de ter salvo seu cachorro e não outras pessoas, Henry Harper teria dito posteriormente: "Parecia haver bastante espaço e ninguém fez nenhuma objeção [nos botes]".

💥️Os cães que não sobreviveram

Entre os pets que não sobreviveram estavam aqueles de maior porte, como um buldogue francês chamado Gamin de Pycombe, que viajava com um dos sobreviventes, o banqueiro de 27 anos Robert Williams Daniel. O corretor da bolsa Harry Anderson, então com 54 anos, também saiu com vida do desastre, mas chegou ao outro lado do oceano sem seu chow chow — ele teria pedido posteriomente uma indenização de US$ 50 pela perda do companheiro.

William Carter, magnata do carvão da Filadélfia, teria perdido ainda seu Cavalier King Charles Spaniel e um Airedale Terrier. O milionário John Jacob Astor morreu na tragédia assim como seu Airedale, Kitty. Um Fox Terrier e um Dogue Alemão ainda completam a lista de vítimas, entre outros pets.

Gamin de Pycombe, que viajava com um dos sobreviventes, o banqueiro Robert Williams Daniel - Reprodução/Arquivo American Kennel Club - Reprodução/Arquivo American Kennel Club

Gamin de Pycombe, que viajava com um dos sobreviventes, o banqueiro Robert Williams Daniel

Alguns mitos ou histórias não comprovadas se reúnem às perdas conhecidas no Titanic. Entre elas está o relato de que Ann Isham, uma mulher de 50 anos, se recusou a entrar em um bote sem seu cachorro — que teria sido o Dogue Alemão perdido no naufrágio, embora seja possível que se tratasse de um São Bernardo, segundo o museu de Liverpool.

No entanto, nunca foi possível comprovar que passageiros do navio Bremen realmente tenham visto uma mulher em um colete com seus braços congelados ao redor de um cão de grande porte após o desastre, porque os corpos de Ann ou do cão nunca foram encontrados.

Outra lenda conta que o cão Rigel, um grande Newfoundland preto que teria pertencido a um dos marinheiros, William Murdoch, e que teria nadado em frente a um bote e alertado o Carpathia de que havia sobreviventes do Titanic ali. A história publicada no jornal New York Herald, apesar de heroica, teria sido inventada por um repórter, alerta o Smithsonian.

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