Passaporte de Singapura se torna o mais influente do mundo

De Nossa

18/07/2023 13h46

Já o passaporte japonês, que abria portas em 193 países sem a necessidade de visto no começo de 2023, agora só dá acesso a 189 nações, o que o coloca em terceiro lugar empatado com Áustria, Finlândia, França, Luxemburgo, Coreia do Sul e Suécia. Para a elaboração do ranking, são usados há 18 anos dados exclusivos da base da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) a respeito de 199 passaportes e 227 destinos de viagem.

No caso do Brasil, o documento ganhou uma posição em relação ao primeiro trimestre de 2023 — agora figura em 19º lugar, antes aparecia em 20º —, mas perdeu influência. Isto porque, há seis meses, o passaporte brasileiro abria portas sem necessidade de visto ou autorização de entrada em 170 países; este número caiu no terceiro trimestre para 168.

💥️EUA estão em queda; Emirados Árabes 'voam'

Mas não são apenas Brasil e Japão que viram seus documentos perderem força. Os EUA figuraram no relatório como um dos grandes perdedores da atualidade e só durante este ano perdeu duas posições, alcançando o 8º lugar com acesso a 184 países. De acordo com a Henley Partners, o estudo aponta o declínio americano há cerca de uma década, ainda que durante o período os resultados tenham sido menos drásticos do que em 2023.

De todos os países no top 10, o passaporte dos EUA tiveram o menor salto em performance dos últimos 10 anos, garantindo a entrada sem necessidade de visto em apenas 12 países adicionais em relação ao número de 2013. Singapura, atualmente em primeiro lugar, ampliou sua influência em 25 países e subiu cinco colocações no ranking na última década.

"Sua história é simples: por se manterem mais ou menos parados, os EUA ficaram para trás. Apesar de sua nota [número de países a que tem acesso] absoluta ter, de fato, crescido na última década, os EUA tem sido constantemente ultrapassados por rivais como Coreia do Sul, Japão e Singapura", comentou Greg Lindsay, estrategista global e fellow de tecnologia urbana do Cornell Tech's Jacobs Institute.

Já o passaporte dos Emirados Árabes Unidos vive uma situação diametralmente oposta.

"Os Emirados adicionaram impressionantes 107 destinos ao seu número [de países] com isenção de visto, resultando em um salto enorme de 44 posições no ranking nos últimos 10 anos, da 56ª colocação para a 12ª. Este é quase o dobro do segundo maior alpinista, a Colômbia, que aproveitou uma subida de 23 lugares no ranking para ocupar a 37ª posição", observou ainda no relatório o Dr. Christian H. Kaelin, diretor da Henley & Partners e inventor do Passport Index.

💥️A questão da reciprocidade

Durante os 18 anos de avaliações do ranking, o número médio de destinos abertos a entradas sem visto quase dobrou de 58 em 2006 para 109 em 2023. Os países africanos, em especial, são os mais receptivos a estrangeiros apenas com o passaporte e dominam o top 20. No entanto, o novo ranking Henley Openness Index Score, inaugurado neste terceiro trimestre, revelou grandes desigualdades em países mais desenvolvidos.

Os EUA, por exemplo, aparecem em 78º na lista de países mais abertos, por liberar apenas portadores de passaportes de 44 nacionalidades de apresentarem também um visto — brasileiros conhecem esta burocracia, já que encaram longas filas pelo documento para viajar ao país. Em contrapartida, o passaporte americano dá direito a entrada em 184 países sem visto.

Já a China, uma das potências globais do momento, é ainda mais restritiva em seu 85º lugar: ela abre suas fronteiras apenas 21 nacionalidades sem visto, enquanto seu passaporte dá acesso a 80 países. O Brasil figura na 37ª posição em termos de abertura a estrangeiros, recebendo estrangeiros com 101 passaportes sem necessidade de visto, apesar de nosso passaporte dar acesso a 168 territórios.

Singapura, novamente, aponta para uma nova abordagem de relações diplomáticas e, além de ter o passaporte mais influente do mundo, possui um dos mais altos níveis de abertura internacional: suas fronteiras estão abertas para 163 nacionalidades isentas de visto, o que a garantiu a 14ª posição no novo ranking.

💥️Os passaportes mais influentes do mundo

1º: Singapura (aceito em 192 países)

2º: Alemanha, Itália e Espanha (190 países)

3º: Japão, Áustria, Finlândia, França, Luxemburgo, Coreia do Sul e Suécia (189 países)

4º: Dinamarca, Países Baixos, Reino Unido e Irlanda (188 países)

5º: Bélgica, Nova Zelândia, República Tcheca, Malta, Noruega, Suíça e Portugal (187 países)

6º: Austrália, Hungria e Polônia (186 países)

7º: Grécia e Canadá (185 países)

8º: Lituânia e Estados Unidos (184 países)

9º: Letônia, Eslovênia e Eslováquia (183 países)

10º: Estônia e Islândia (182 países)

💥️Os passaportes menos influentes do mundo

Já entre os documentos que dão livre acesso a menos países sem a necessidade de visto estão:

94º: Kosovo (42 países)

95º: Sri Lanka e Líbia (41 países)

96º: Bangladesh (40 países)

97º: Coreia do Norte (39 países)

98º: Nepal e Palestina (38 países)

99º: Iêmen e Somália (35 países)

100º: Paquistão (33 países)

101º: Síria (30 países)

102º: Iraque (29 países)

103º: Afeganistão (27 países)

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