Como os antigos romanos curtiam as férias?

O Golfo de Nápoles é um popular destino de férias desde os romanos - Balate Dorin/Getty Images

Suzanne Cords

da Deutsche Welle

03/08/2023 10h17

O bem-estar era, de fato, muito importante no Império Romano.

💥️Golfo de Nápoles: destino número um

Desta forma, tal qual o fictício Caio Antônio, algum rico cidadão da cidade de Roma pode ter adoçado seu verão há 2.000 anos. O Golfo de Nápoles era o destino de férias favorito dos romanos na Antiguidade, com as classes altas residindo em vilas à beira-mar e nas montanhas.

"Nenhuma baía no mundo pode rivalizar com a bela Baiae", disse o poeta Horácio. Embarcações navegavam pelo mar e, à noite, como relata o historiador Plínio, o Jovem, as pessoas se reuniam para um suntuoso jantar de ostras.

Mas não eram apenas os ricos que passavam suas férias de verão aqui: os romanos menos abastados também eram atraídos para o Golfo, viajando para Tibur (hoje Tivoli), Antium (hoje Anzio) e Baiae, atualmente no fundo do mar. Férias clássicas em balneários não tinham o mesmo sentido que têm hoje. As pessoas também se divertiam, mas estavam mais interessadas nas fontes de cura dos banhos termais.

Aqueles que escolhiam a rota marítima podiam viajar em um navio mercante sob pagamento de uma taxa. Naquela época, não existiam navios turísticos clássicos. O principal medo era o enjoo, e os mares eram praticamente livres de piratas.

💥️Qualquer lugar, menos os bárbaros

O Egito era um destino popular, as pirâmides de Gizé, a Esfinge ou o farol em Alexandria atraíam multidões de turistas. Mas os turistas também seguiam os passos de Homero, em Tróia, ou se reuniam nos locais de batalhas famosas - por exemplo, em Maratona, onde os gregos derrotaram um exército persa em 490 a.C.

💥️Souvenirs na Roma antiga

Onde quer que os viajantes fossem, os habitantes locais faziam negócios com os turistas ricos de Roma. E assim, mesmo naquela época, havia todo tipo de souvenirs para comprar, desde pirâmides em miniatura até estátuas de prata e potes de barro pintados com o farol de Alexandria. O imperador Adriano, amante de viagens, foi além: mandou construir modelos em miniatura de pontos turísticos famosos em sua Villa Adriana em Tibur (Tivoli).

Mas, assim como hoje, já naquela época havia críticas às viagens de longa distância. Plínio, por exemplo, escreveu: "Estamos acostumados a fazer grandes viagens, a atravessar o mar, a fim de conhecer coisas que não percebemos quando estão debaixo de nossos narizes".

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