Reforma para Olimpíada destruirá símbolo de Paris: livreiros do Sena

da RFI

05/08/2023 04h00

A polícia francesa alega que precisa estabelecer um perímetro onde "o acesso e a movimentação de pessoas sejam controlados", para garantir a segurança de um "local ou evento exposto ao risco de atos de terrorismo". O governo francês planeja mobilizar uma força sem precedentes de quase 35.000 policiais para garantir a segurança da cerimônia de abertura dos Jogos.

💥️Origem dos "buquinistas"

Os "buquinistas" originaram-se a partir da da palavra "bouquin", uma forma coloquial de se dizer livro em francês. Impresso pela primeira vez em 1459, o termo era tipografado como "boucquain", tornando-se "bouquin" no final do século 16. Deriva da palavra flamenga "boeckin", que significa livro pequeno [no sentido pejorativo de um livro de pouco valor ou estima], formada a partir da palavra "boek", do holandês medieval, que significa livro.

O termo "bouquiniste", em francês, apareceu pela primeira vez no dicionário de Trévoux em 1752, quando foi definido como "um vendedor de livros antigos, bouquins". Naquela época, a profissão era exercida principalmente por homens. No entanto, o termo "bouquiniste" apareceu conjugado em ambos os gêneros na 8ª edição do dicionário da Académie Française, em 1932.

Inicialmente estabelecidos apenas na margem esquerda do Sena, eles se espalharam gradualmente para ambas as margens do rio e eram cerca de 300 comerciantes quando a Revolução Francesa estourou.

💥️"Abridor de latas"

O livreiro, ou "buquinista", é muito mais do que um "abridor de latas", um termo usado pejorativamente por alguns parisienses para descrever os funcionários desses sebos que não conhecem realmente a profissão. No entanto, a caixa metálica esverdeada, tão característica do ✅métier, é o coração deste comércio e evoluiu com o tempo.

As estruturas atuais foram oficializadas em 1891, quando uma lei municipal autorizou os livreiros a deixar suas mercadorias durante a noite na área de vendas que lhes havia sido concedida. Até então, os livros eram vendidos em pequenas caixas de madeira, que eram fáceis de manusear.

Por volta de 1900, foi exigido que todas as caixas tivessem a mesma cor, conhecida como "verde vagão", à imagem do primeiro metrô, das fontes de água Wallace e das colunas Morris, verdadeiros símbolos parisienses. Além disso, a tampa elevada não deve estar a mais de 2,10 m acima do solo, para não obstruir a visão dos passantes.

(Com RFI e agências)

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