Biden diz que acordo para elevar teto da dívida está pronto para ir ao Congresso

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo (28) que finalizou um acordo orçamentário com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, para ampliar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões. Segundo ele, o acordo está pronto para ser encaminhado ao Congresso para votação.

"Acho que é um passo realmente importante", disse Biden a repórteres, durante um breve comentário na Casa Branca, após uma ligação com McCarthy para finalizar o acordo. "Isso tira a ameaça de calote catastrófico da mesa, protege a nossa recuperação econômica histórica e suada."

Após semanas de negociações, McCarthy e Biden firmaram um acordo provisório na noite de sábado (27).

O acordo evitará um calote desestabilizador se for aprovado no Congresso, que está dividido, antes que o Departamento do Tesouro fique sem dinheiro para cobrir todas as suas obrigações. O Tesouro alertou na sexta-feira (26) que isso ocorreria se a questão do teto da dívida não fosse resolvida até 5 de junho.

"Peço veementemente que ambas as casas aprovem esse acordo", disse Biden, acrescentando que espera que McCarthy tenha os votos necessários para que o acordo seja aprovado.

McCarthy previu no domingo que teria o apoio da maioria de seus colegas republicanos.

O acordo atraiu críticas de republicanos radicais e democratas progressistas, mas Biden e McCarthy acreditam ter votos suficientes de moderados de ambos os lados.

O acordo suspenderia o limite da dívida até janeiro de 2025, limitaria os gastos nos orçamentos de 2024 e 2025, recuperaria fundos não utilizados durante a Covid-19, aceleraria o processo de licenciamento ambiental de alguns projetos de energia e incluiria novos requisitos para programas de ajuda alimentar voltados a americanos pobres.

Membros da bancada republicana linha-dura Freedom Caucus disseram que tentariam impedir que o acordo seja aprovado na Câmara em uma votação prevista para quarta-feira (31).

"Vamos tentar", disse o deputado Chip Roy, um proeminente membro do Freedom Caucus, em um tuíte de domingo.

Mas McCarthy rejeitou as ameaças de oposição dentro de seu próprio partido, dizendo que "mais de 95%" dos republicanos da Câmara estavam "extremamente entusiasmados" com o acordo.

"Este é um projeto de lei bom e forte pelo qual a maioria dos republicanos votará", disse o deputado da Califórnia a repórteres no Capitólio dos EUA. "Você terá republicanos e democratas capazes de levar isso ao presidente."

Os republicanos controlam a Câmara por 222 votos a 213, enquanto os democratas controlam o Senado por 51 a 49. Essas margens estreitas significam que os moderados de ambos os lados terão que apoiar o projeto de lei, se o compromisso perder o apoio da extrema esquerda e da extrema direita de cada partido.

"Não estou feliz com algumas das coisas que estou ouvindo", disse a deputada Pramila Jayapal, que preside a bancada Congressional Progressive Caucus, ao programa "State of the Union", da rede CNN.

O líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, disse esperar apoio do partido ao acordo, mas se recusou a estimar quantos membros de seu partido votariam a favor, em uma entrevista ao programa "Face the Nation", da CBS.

Os democratas progressistas em ambas as Casas disseram que não apoiariam nenhum acordo que exigisse requisitos adicionais para programas governamentais de alimentação e saúde. Fontes disseram que este acordo acrescentaria pré-requisitos à ajuda alimentar para pessoas de até 54 anos.

Em entrevista à Fox News, o representante democrata Jim Himes disse que o escopo relativamente "pequeno" do acordo poderia atrair o apoio de membros do partido de Biden.

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