Tarcísio adia briga com a Assembleia para reduzir impactos no Orçamento

Em meio ao desgaste para aprovação do aumento a policiais civis e militares, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) evitou comprar outras brigas com a esquerda e a direita na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e adiou medidas para reduzir impactos no Orçamento.

Ao mesmo tempo, o governador tem defendido a privatização da Sabesp e o enxugamento do estado, com venda de imóveis e ativos, além de uma reforma administrativa, para reduzir despesas e permitir investimentos.

A proposta inicial do governo era aprovar, no mesmo projeto, o reajuste salarial e uma mudança na aposentadoria dos policiais militares, que aumentaria a contribuição dos inativos. Pegos de surpresa com o texto, deputados da bancada da bala, aliados de Tarcísio, protestaram, e o governador de pronto retirou o trecho da previdência.

A pendência, porém, terá que ser votada na Casa mais cedo ou mais tarde. Desistir de aprovar a mudança na contribuição dos militares inativos custa R$ 60 milhões por mês ao estado, segundo estimativa do Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com deputados, o tema vai gerar embates quando chegar à Assembleia. O governo quer seguir o modelo federal, que determina desconto de 10,5% sobre a totalidade da remuneração do PM aposentado.

Já a bancada da bala, que representa o eleitorado de Tarcísio, defende a manutenção de 11% de desconto sobre a parcela do salário que excede o teto do INSS, que é de R$ 7.507. Para um policial que recebe R$ 8.000, a contribuição mensal passaria de R$ 54 para R$ 840 na proposta do governo.

Parte dos auxiliares de Tarcísio opina que o governador não deveria ter cedido aos deputados —seria mais fácil aprovar a medida impopular dentro do reajuste salarial, uma pauta positiva, do que sozinha posteriormente.

Integrantes do governo afirmam, porém, que a avaliação foi a de que votar pautas distintas conjuntamente iria tumultuar o processo e que a prioridade era recompor o salário das polícias.

"Eram dois assuntos diferentes, não tinha que manter junto. Um assunto tão sério tem que ser debatido, não poderia estar escondido em outro projeto. Temos a possibilidade de dialogar com o governo e buscar caminhos que não sejam tão onerosos", afirma o deputado Capitão Telhada (PP) sobre a questão dos inativos.

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