Cremes e procedimentos prometem melhorar rugas a curto prazo

Novas tecnologias, fórmulas e combinações de ativos tornaram realidade algo que por décadas não passou de uma promessa do mercado de cosméticos: combater rugas e linhas de expressão em casa.

Em um mercado que movimenta mais de US$ 50 bilhões por ano, segundo a consultoria indo-canadense Precedence Statistics, a busca por inovação é constante, o que leva a novas descobertas e à popularização de ativos de ponta.

Caso do ácido retinoico, substância em voga desde sua descoberta, nos anos 1990, que hoje retorna aos holofotes em apresentações nanoencapsuladas, o que torna sua liberação na pele mais lenta —e, consequentemente, mais eficiente e segura.

"Os derivados do ácido retinoico, como o retinol e o retinaldeído, são os que têm mais literatura comprovando sua eficácia", diz Elisete Crocco, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

"Para a renovação celular, é um dos mais potentes, e promove realmente uma mudança da estrutura da pele", diz a dermatologista. Essa evolução da molécula também reduz a irritabilidade do produto, um dos problemas historicamente associados ao seu uso.

Outro ativo que soube envelhecer é o ácido hialurônico, campeão em hidratação. A última novidade é a combinação de pesos moleculares diferentes em um mesmo produto.

"Enquanto as moléculas pesadas trabalham na superfície da pele, dando o efeito cinderela, imediato, as moléculas menores e mais leves penetram mais profundamente, e se depositam na derme", explica a dermatologista Sylvia Ypiranga, de São Paulo, membro da SBD e colaboradora do departamento de dermatologia da Unifesp.

Além de reter água —daí seu efeito hidratante—, o ácido hialurônico induz a neocolagênese, processo de coagulação que estimula a formação de colágeno pelo organismo.

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Essas são as grandes estrelas da cosmetologia atual, mas há coadjuvantes importantes. "A gluconolactona, por exemplo, derivada do ácido glicólico, consegue uma melhora da coesão das células da epiderme", diz Ypiranga. O ativo promete ser a nova sensação em esfoliante químico do mercado.

A niacinamida, ou vitamina B3, também foi reavivada, e não é para menos: tem ação aintiinflamatória, antioxidante, regeneradora e clareadora, e pode ser combinada a outros ativos, como ácido hialurônico e retinoides.

Outra vitamina que passou por um makeover recente é a vitamina C. Agora, em versão nanoencapsulada, está muito mais estável e menos irritante.

Claro que o uso de cosméticos não vai ter um resultado tão profundo quanto tratamentos em clínica. Por isso a estratégia atual é associar, sempre que possível, as duas frentes. "Tem que ter uma associação de cuidados, com continuidade em casa para potencializar os resultados", diz Milena Mota, dermatologista de São Paulo especializada em estética e tricologia. "É também uma forma de preparar a pele para receber os tratamentos, e de prolongar o resultado conquistado na clínica."

Das novidades em tratamento, as dermatologistas destacam o laser thulium, também chamado de BB Laser, porque deixa a pele com a aparência de estar levemente maquiada. "É um laser de recuperação rápida, e costuma já ter uma melhora em 48 horas", diz Mota. E tem efeito glow (iluminado) imediato.

O tratamento completo fica em torno de cinco sessões, quinzenais, que custam a partir de R$ 1.200 por aplicação.

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