O novo planejamento da integração sul-americana

Uma das mais ambiciosas agendas do governo Lula está prestes a ganhar velocidade: a integração sul-americana. Nesta semana, líderes, ministros de Estado e governadores dos bancos regionais de desenvolvimento de nossa região —BID, CAF e o Fonplata— se reunirão no Rio de Janeiro com o propósito de alavancar iniciativas que aproximem as nações. A assinatura de acordos para a constituição de linhas de financiamento específicas para empreendimentos nas rotas de integração entre o Atlântico e o Pacífico, desenhadas aqui no Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), será a cereja do bolo.

A reconstrução desse diálogo é fundamental se queremos gerar mais comércio, mais emprego, mais renda e mais dinamismo econômico na região. No MPO, a decisão da ministra Simone Tebet foi clara: os antigos planos de integração com os vizinhos devem ser revisitados e retomados em novas bases, incorporando os avanços de conhecimento nas áreas climática e ambiental, industrial, energética, digital, agrícola e de infraestrutura.

Desde 5 de junho, uma semana após o presidente Lula definir o "Consenso de Brasília" junto com seus pares sul-americanos, o MPO instituiu um comitê para atender os ditames do consenso. Recebemos secretários dos 11 estados brasileiros que fazem fronteira com vizinhos: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Com isso, levantamos uma carteira de projetos que tem o potencial de tornar mais fluida e viva a integração sul-americana.

No Novo PAC há 124 iniciativas, espalhadas nos estados de fronteira, com caráter direto de integração. Trata-se de um "PAC da Integração", que contempla infovias, hidrovias, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão de energia elétrica.

De posse dessas informações, organizamos os eixos do trabalho em cinco rotas de integração sul-americana: 1) Ilha das Guianas (AP, RR, PA, AM, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela); 2) Manta-Manaus (AM, RR, PA, AP, Colômbia, Peru e Equador); 3) Quadrante Rondon (RO, MT, AC, Peru e Bolívia); 4) Capricórnio (MS, PR, SC, Paraguai, Argentina, Chile; e 5) Porto Alegre – Coquimbo (RS, Argentina, Uruguai e Chile).

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