Estudo indica que exercício físico regular ajuda a prevenir câncer de próstata

Nos últimos anos, uma das questões mais intrigantes na pesquisa do câncer tem sido se um hábito regular de exercícios pode prevenir certos tipos de câncer.

A resposta, como em qualquer pergunta relacionada ao câncer, é complicada. Mas um estudo recente publicado no British Journal of Sports Medicine ofereceu um vislumbre de como a atividade física regular afeta o risco de câncer de próstata, o segundo câncer mais comum e fatal nos Estados Unidos para homens.

(No Brasil, excluindo o câncer de pele do tipo não melanoma, o câncer de próstata é o mais comum em homens, segundo dados do Inca —Instituto Nacional do Câncer).

Em um dos maiores esforços desse tipo até o momento, pesquisadores coletaram dados entre 1982 e 2023 de 57.652 homens suecos que haviam participado de pelo menos dois testes de aptidão física para ver se aqueles que eram mais ativos tinham menos chances de desenvolver câncer. Cerca de 1% foram posteriormente diagnosticados com câncer de próstata. A equipe descobriu que aqueles que haviam melhorado na aptidão ao longo dos anos tinham 35% menos chances de terem diagnóstico da doença.

A descoberta coincide com grande parte dos estudos mais recentes relacionando estar fisicamente ativo e o risco de desenvolver câncer. De acordo com um estudo de 2023, por exemplo, se todos os adultos nos EUA seguissem as recomendações de atividade física (150 minutos por semana), os novos casos de câncer poderiam cair em 3%, ou 46 mil casos, a cada ano.

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Mas, embora em todo o mundo pesquisadores tenham buscado extensivamente a relação entre exercício físico e o câncer de mama, houve um número menor de pesquisas especificamente sobre câncer de próstata. O risco de ter câncer de próstata aumenta para todos os homens após os 50 anos, e ele parece ser hereditário. Cerca de um em cada oito homens será diagnosticado com câncer de próstata durante a vida, de acordo com a Sociedade Americana do Câncer.

Alguns estudos anteriores que analisaram a conexão entre atividade física e câncer de próstata foram contraditórios, explica Kate Bolam, coautora do estudo. Enquanto alguns mostraram aumento do risco de câncer de próstata para aqueles que eram fisicamente ativos, outros encontraram um risco reduzido.

Mas muitos desses estudos tinham amostras pequenas ou eram tendenciosos em relação a pessoas mais saudáveis, diz ela, que é pesquisadora da Escola Sueca de Esporte e Ciências da Saúde.

"Os homens que são geralmente mais conscientes da saúde também são bons em ir ao médico quando são convocados para os exames de triagem de câncer de próstata", afirma.

Mais testes significam mais diagnósticos, incluindo em homens cujos tumores nunca iriam se desenvolver para algo maligno. Às vezes, as células cancerígenas podem existir na próstata durante toda a vida de uma pessoa e não serem perigosas, então muitos homens que não são testados e não apresentam sintomas podem nunca saber que têm câncer de próstata.

A equipe sueca conseguiu criar uma imagem mais detalhada usando um banco de dados nacional com centenas de milhares de resultados de testes em laboratório, incluindo testes de aptidão física que medem o quão bem o coração e os pulmões fornecem oxigênio aos músculos.

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