Relação platônica entre uma poeta lésbica e sua musa é documentada em livro

Betty Milan inicia "Amantes da Palavra", livro que documenta sua correspondência com a poeta Neide Archanjo, esclarecendo que o amor entre as duas nunca foi além do platônico. A escritora e psicanalista sempre teve parceiros homens, e a amiga, mulheres.

A relação entre as duas era, portanto, de outra natureza —Milan faz um paralelo com àquela entre uma musa, papel que atribui a si mesma, e o artista que ela inspira. "Não consigo classificar o que nós vivemos em nenhuma categoria. Não fui amiga da Neide como de outras mulheres. Também não fui mulher dela", afirma à reportagem. "Mas o amor perdurou. Não era hétero e nem homo, era só amor."

As duas se conheceram nos anos 1980, em um festival organizado pela atriz e agitadora cultural Ruth Escobar em São Paulo, cidade natal de ambas. Milan conta que aproveitou a presença de Archanjo, à época uma poeta já reconhecida, para presenteá-la com um exemplar de seu primeiro livro de ficção, "O Sexophuro", sobre uma mulher insatisfeita com o casamento.

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