3 chaves para o sucesso da Nvidia, empresa que passou Google em valor de mercado

Se os bons resultados e o aumento do valor das ações da Nvidia já tinham deixado Wall Street a seus pés, agora o frenesi em torno da empresa foi ainda mais longe.

A fabricante americana de processadores chegou, na sexta-feira (23), a US$ 2 trilhões em valor de mercado, uma cifra que só os gigantes da tecnologia Microsoft e Apple tinham atingido nos EUA.

A empresa passou a ocupar o lugar que era da Alphabet, cuja principal subsidiária é a Google, em capitalização de mercado.

"As condições são excelentes para continuar a crescer", disse o CEO da empresa, Jensen Huang, em conversa com investidores.

As ações da empresa já subiram mais de 60% em 2024, após triplicarem em 2023.

A Nvidia desenvolve poderosas unidades de processamento gráfico (GPUs) e virou a rainha mundial dos chips, dominando cerca de 80% do mercado.

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Esses processadores, os mais utilizados na indústria de inteligência artificial, são circuitos eletrônicos que podem realizar cálculos matemáticos em alta velocidade, e cada unidade vale dezenas de milhares de dólares.

São tão valiosos que, assim como diamantes, são transportados em caminhões blindados.

A seguir, as três principais chaves do sucesso da gigante da tecnologia com sede na Califórnia.

A Nvidia começou há mais de 30 anos como uma fabricante de chips para o desenvolvimento de videogames.

Suas unidades de processamento gráfico passaram a ser muito procuradas para o desenvolvimento de funções de visualização, como renderizar vídeos, imagens e animações.

E esse foi por muito tempo seu principal negócio.

Mas a empresa logo descobriu que suas GPUs também eram úteis para outras tarefas exigentes, como acelerar o desempenho computacional dos cérebros dos computadores, ou seja, as unidades centrais de processamento.

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Gigantes como Google, Microsoft e Amazon, assim como empresas de criptomining, se interessaram pelos processadores da Nvidia para impulsionar seus centros de dados.

Ao mesmo tempo, seus chips também começaram a ser usados por engenheiros para fazer cálculos de inteligência artificial, dado que o tipo de matemática necessária para construir sistemas complexos se encaixava com a forma como os chips gráficos funcionam.

Hoje, as GPUs mais avançadas da Nvidia, como as chamadas H100, são usadas na criação dos mais sofisticados sistemas de inteligência artificial.

A empresa percebeu rapidamente que os semicondutores projetados para processamento de gráficos também eram úteis para treinar sistemas de inteligência artificial.

E a partir de 2006 a Nvidia deixou clara sua aposta no setor. Nessa época, a empresa anunciou a criação do CUDA, uma linguagem de programação que possibilitou que seus chips pudessem resolver problemas matemáticos complexos.

Foi assim que a empresa entrou com seus processadores no mundo da inteligência artificial antes de seus grandes concorrentes, como Intel e AMD, garantindo larga vantagem sobre eles.

Mas seus concorrentes vêm fazendo grandes investimentos em busca de uma maior fatia do mercado.

E gigantes dedicados da computação em nuvem como Amazon, Microsoft e Google também estão se esforçando para fabricar seus próprios chips para o treinamento de inteligência artificial.

A forte demanda por processadores da Nvidia para jogos, centros de dados e aplicações de inteligência artificial segue crescendo.

O interesse pelos caríssimos processadores gráficos usados nos servidores que alimentam os grandes modelos de inteligência artificial aumentou rapidamente no último ano.

E a Nvidia, que costumava ser uma empresa de tecnologia menos conhecida que as outras gigantes de tecnologia, rapidamente mudou de posição com o lançamento do ChatGPT, sistema de inteligência artificial desenvolvido pela empresa OpenAI, que usa seus processadores.

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