O dia em que a coragem moldou o meu destino com o poder transformador de uma demissão em massa
O dia em que decidi permitir que minha empresa sangrasse para poder crescer foi, sem dúvida, um dos mais desafiadores e transformadores da minha jornada como empresária. Sem uma família estruturada por trás, marido ou sócios, meu início no mundo do empreendedorismo foi marcado por uma forte injeção de emoção nos relacionamentos com meus colaboradores. Aquela era, na época, a melhor decisão. Contudo, à medida que a empresa começava a expandir, comecei a perceber que o peso emocional nos relacionamentos ultrapassava os limites profissionais, criando obstáculos ao crescimento da empresa.
Foi necessário um momento de afastamento para enxergar com clareza onde a empresa estava perdendo força. A distância me permitiu identificar os departamentos que mais sofriam e as feridas que se abriram com meu distanciamento proposital, e confesso, é um exercício doloroso ver a sua empresa, que é como um filho, sofrer e você decidir não socorrer para que algo maior surja desse sofrimento.
Essa clareza veio com um preço alto: a decisão de realizar uma demissão em massa. Separar a emoção da razão foi, sem dúvida, o desafio mais árduo. Mas, olhando para trás, vejo que essa escolha foi fundamental para o crescimento e sustentabilidade da empresa.
Esse processo de "sangramento" não foi apenas uma limpeza estrutural, mas uma purgação emocional, permitindo reconstruir sobre bases mais sólidas e profissionais. A dor daquela decisão nunca será esquecida, mas me ensinou a importância de equilibrar emoção e razão no mundo dos negócios.
Hoje, testemunho o crescimento estrondoso do negócio e percebo a vitalidade de deixar o emocional de lado em prol da perpetuação da empresa. Esse episódio redefiniu meu papel como líder e remodelou a cultura empresarial que cultivamos, enfatizando a eficiência, o profissionalismo e a sustentabilidade a longo prazo.
Esse relato é um depoimento da minha jornada empreendedora, repleta de sacrifícios e decisões difíceis, mas também de crescimento e aprendizado. A dor do processo é real, mas as recompensas de superá-la são imensuráveis. Espero que minha experiência sirva de inspiração e lição para outros empreendedores enfrentando dilemas semelhantes. Afinal, às vezes, é necessário permitir que a empresa "sangre" para que ela possa florescer com mais força e vigor.
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