Lula diz que veto a candidatura de opositora na Venezuela é grave

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de grave o veto da Venezuela à candidatura da opositora Corina Yoris e afirmou que não há justificativa política ou jurídica para se proibir um adversário de disputar eleições.

A declaração, feita em encontro com jornalistas no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (28), reforça as críticas feitas pelo Itamaraty nesse mesmo sentido dois dias antes. Também envia um sinal de que o Palácio do Planalto endossa a repreensão contra o regime chavista, algo considerado importante por diplomatas brasileiros uma vez que a resposta de Caracas, em tom agressivo, sugeriu uma divisão de postura entre a chancelaria e o chefe do Executivo.

"Eu fiquei surpreso com a decisão [de bloquear Yoris]. Primeiro, a decisão boa da candidata proibida pela Justiça [María Corina Machado] indicar uma sucessora. Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata [substituta] não possa ter sido registrada. Ela não foi proibida pela Justiça", declarou Lula. "Foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata".

"Não tem explicação jurídica, política você proibir um adversário [de] ser candidato".

Yoris foi indicada para a disputa pela principal líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, inabilitada a concorrer a cargos públicos por 15 anos.

O petista ainda fez uma comparação com sua situação em 2018, quando, preso no âmbito da Operação Lava Jato, foi proibido de concorrer por decisão da Justiça Eleitoral —mas pôde designar Fernando Haddad como seu candidato.

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