Putin diz que vai abater caças do Ocidente na Ucrânia, mas descarta ataque à Otan

A Rússia não tem planos de atacar nenhum país da Otan, mas se o Ocidente fornecer caças F-16 para a Ucrânia, eles serão abatidos. A declaração foi feita pelo presidente Vladimir Putin a pilotos da Força Aérea de seu país na noite desta quarta-feira (27).

"Não temos intenções agressivas em relação a esses Estados", disse ele, de acordo com uma transcrição do Kremlin divulgada nesta quinta (28). "A ideia de que atacaremos alguma outra nação é bobagem, conversa fiada", completou.

Já em relação aos caças que o Ocidente prometeu enviar para a Ucrânia, Putin subiu o tom. "Se eles fornecerem F-16 —e estão falando sobre isso e aparentemente treinando pilotos— isso não mudará a situação no campo de batalha. Destruiremos as aeronaves assim como destruímos hoje tanques, veículos blindados e outros equipamentos."

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Isso incluiria, segundo o líder, abatê-los também em aeródromos de países terceiros. "Veríamos os caças como alvos legítimos [...] não importa onde estejam localizados", afirmou. "As aeronaves F-16 também podem transportar armas nucleares, e teremos que levar isso em consideração ao organizar nossas operações de combate."

Avião de combate mais popular do mundo, o F-16 é considerado de fácil manejo e flexibilidade operacional, e por isso é objeto de desejo da Ucrânia para tentar reverter a vantagem aérea das forças invasoras da Rússia. Holanda e Dinamarca prometeram fornecer seus antigos F-16 A/B para Kiev, e o treinamento de pilotos está em curso.

As declarações de Putin sucedem os comentários feitos horas antes pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, de que as aeronaves devem chegar ao território invadido nos próximos meses.

"Inicialmente, estava planejado que os F-16 apareceriam no espaço aéreo da Ucrânia no meio do verão [entre julho e agosto, no hemisfério Norte]. Hoje, tudo está indo conforme o planejado. No entanto, esta é certamente uma questão muito complexa, por isso nunca se sabe como as coisas podem mudar", afirmou o chanceler ucraniano em visita a Varsóvia.

A invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, desencadeou a mais profunda tensão nas relações da Rússia com o Ocidente desde a Crise dos Mísseis Cubanos, em 1962. O Kremlin, que acusa os EUA de lutarem contra a Rússia ao apoiar os ucranianos com dinheiro, armas e inteligência, diz que os laços com Washington nunca estiveram piores.

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