Tarcísio quer criar escola exclusiva para filhos de policiais militares em SP

Em novo aceno aos militares, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), elabora uma proposta para implementar um colégio que vai atender exclusivamente os filhos de policiais militares na Academia do Barro Branco.

O projeto ainda está em fase de estudo, mas o texto deverá ser entregue à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) no segundo semestre. O plano de Tarcísio é sancioná-lo neste ano para que a escola inicie as atividades em 2025 —penúltimo ano do atual mandato.

A ideia é que o colégio dentro da Academia funcione nos mesmos moldes das escolas cívico-militares, cujo projeto foi apresentado por Tarcísio no início de março e ainda depende da aprovação dos deputados. A proposta é que o modelo abranja os alunos do ensino fundamental até o ensino médio.

A diferença entre os dois modelos de escolas geridas por militares é que o colégio vai atender apenas os filhos de policiais e deve selecionar os alunos por meio de um vestibulinho.

O Palácio dos Bandeirantes confirmou a intenção do governador, mas disse que o desenho da proposta ainda está em fase inicial.

A proposta de ter uma escola dentro da Academia do Barro Branco, que forma oficiais da Polícia Militar paulista, foi apresentada como um projeto-piloto. O governador tem a intenção de abrir mais unidades para atender exclusivamente os filhos de policiais.

São Paulo tem quase 80 mil policiais militares na ativa. O governo não detalhou se pretende destinar a escola apenas para os policiais em atividades ou se vai ampliar o atendimento para os filhos de quem já está na reserva.

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"É um projeto-piloto no Barro Branco e que, posteriormente, poderá ser ampliado. Será um colégio para filhos de militares, obviamente terá um percentual [de vagas] sendo oferecidas em vestibulinho", afirma o deputado Tenente Coimbra (PL).

"A finalidade [do projeto] é agradar à família dos militares, dar condições de estudo. Não é um projeto educacional, não é para toda a rede", diz o deputado, que integra a Comissão de Educação e Cultura da Alesp.

Tarcísio prometeu militarizar as escolas estaduais para se contrapor ao presidente Lula (PT), quando o governo federal decidiu acabar com o programa nacional de fomento a escolas cívico-militares criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda segundo o deputado, o governador busca se espelhar no CMB (Colégio Militar de Brasília), unidade do Exército, para desenhar a sua proposta. A instituição tem mais de 3.000 alunos, sendo que a maioria é de filhos de militares —a filha caçula de Bolsonaro entrou para o colégio sem participar do processo seletivo a pedido do pai.

Tarcísio comunicou a intenção de criar a escola no Barro Branco a sua base aliada na Alesp no mesmo dia que apresentou o projeto de lei para o programa de escolas cívico-militares no estado.

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