Líderes da Europa acordaram para o hard power

Não se fala o suficiente sobre o outro Donald T.

Tendo liderado a Polônia entre 2007 e 2014, Donald Tusk pode receber algum crédito à medida que sua nação se aproxima dos padrões de vida da Europa Ocidental. Agora em seu segundo mandato, a Ucrânia não tem amigo mais veemente no mundo.

Falar da Polônia como a eventual herdeira do Reino Unido —uma voz pró-mercado, pró-americana e marcial na União Europeia— parece precipitado. Tem cerca da metade da população e menos influência diplomática. Mas a facilidade de Tusk nessas instituições como ex-figurão de Bruxelas estreita a lacuna.


O que quer que falte à Europa ao tentar se tornar um "hard power" [poder "duro", geralmente por meios militares ou de coerção], não é liderança. Mesmo à parte de Tusk, Ursula von der Leyen tem sido uma forte presidente de guerra da Comissão Europeia.

Com o zelo de um convertido, Emmanuel Macron agora vê o Kremlin como implacável. Rishi Sunak e Keir Starmer estão tão unidos em relação à Ucrânia que o assunto nunca surge na política britânica. Como populista italiana, Giorgia Meloni poderia ser uma apoiadora da Rússia. Ela não é. Mesmo Olaf Scholz, o suposto indeciso, viu a Alemanha se tornar facilmente o maior doador de ajuda militar da Europa para a Ucrânia em seu mandato.

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A alta política não é perfeita. Sempre há motivos para uma metáfora cansada sobre o motor franco-alemão engasgando e assim por diante. Mas essas divisões somam um erro de arredondamento ao lado do problema real, que é, receio, nós.

Para se militarizar tanto quanto precisa, a Europa precisa que seus cidadãos suportem impostos mais altos ou um estado de bem-estar menor. Para ter uma ideia de quão provável isso é, considere que os maiores protestos da França neste século foram ambos contra medidas de aperto orçamentário: um imposto sobre combustíveis em 2018, um aumento na idade da aposentadoria pública em 2023.

O Reino Unido tem uma carga tributária alta por seus próprios padrões, e isso após 14 anos de um governo de direita. Quanto à Alemanha, seu modelo econômico, sempre um pouco superestimado pela esquerda crédula da Grã-Bretanha, acabou apostando em insumos russos e demanda chinesa.

Encaixotado financeiramente assim —não mencionei os custos da transição verde— quem pensa que os eleitores priorizarão o rearmamento?

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