Ripley submerge na solidão de personagem clássico com suspense delicado e sombrio

É difícil odiar Tom Ripley, o vilão incerto desfiado em cinco livros de Patricia Highsmith. Mas é difícil, também, gostar de Tom Ripley, o anti-herói pusilânime de filmes e peças adaptados da obra da romancista americana morta em 1995. "Ripley", versão mais recente que estreou nesta quinta (4) como minissérie na Netflix, é a que mais sublinha esse caráter ambíguo do personagem.

Há alguns culpados para isso.

O primeiro é o ator Andrew Scott, que já brilhara em "Fleabag" e "Todos Nós Desconhecidos". Com uma delicadeza sombria e melancólica, ele acentua essa fugacidade do personagem, dotando-lhe de uma espécie de redoma que o protege e o aparta do mundo, em uma solidão perpétua alimentada pelas coisas que não tem ou perdeu: dinheiro, amigos, amantes, família, reconhecimento, propósito.

Já houve ripleys de Alain Delon, Matt Damon, John Malkovich. O Ripley de Scott é impenetrável, e, ao mesmo tempo, vulnerável entre gestos hesitantes que só ganham segurança quando ele está falsificando ou se passando por alguém.

O que você está lendo é [Ripley submerge na solidão de personagem clássico com suspense delicado e sombrio].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...