PT e PL atraem novos quadros e podem ter embates diretos em até 12 capitais

Partidos que polarizaram a eleição presidencial e donos das maiores bancadas na Câmara dos Deputados, PT e PL filiaram novos pré-candidatos para as eleições de outubro e podem se enfrentar em até 12 capitais.

O novo cenário se consolidou com o fim do prazo para a filiação, que encerra neste sábado (6) para os políticos que vão enfrentar as urnas em outubro. Ao menos 20 pré-candidatos a prefeito nas 26 capitais trocaram de partido no último mês, no período da janela partidária.

O panorama atual é de embates em Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Manaus, Goiânia, Cuiabá, Campo Grande, João Pessoa, Maceió, Aracaju, Florianópolis e Vitória. Mas a tendência é de negociações que podem resultar em desistências até o período das convenções, entre julho e agosto.

O partido de Jair Bolsonaro mostrou apetite na janela partidária e com as novas adesões agora tem pré-candidaturas em 19 das 26 capitais. Destes, 4 se filiaram ao partido no último mês para concorrer em Florianópolis (SC), Rio Branco (AC), Campo Grande (MS) e Aracaju (SE).

Os nomes chegaram ao PL com o aval do ex-presidente, que nas últimas semanas fez um périplo pelo país e abonou as fichas de filiação dos novos correligionários.

Um deles é o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que trocou o PP pelo PL na última semana em meio a desavenças com o governador Gladson Cameli (PP). A tendência é de racha entre os aliados de Bolsonaro, já que o PP deve concorrer à prefeitura com o secretário estadual Alysson Bestene.

Florianópolis, Campo Grande e Porto Velho também caminham para ter mais de uma candidatura no campo bolsonarista, mas nestes casos há margem para diálogo entre as forças políticas locais.

Na capital de Santa Catarina, o PL apresentou o nome do ex-deputado Bruno Souza, que estava filiado ao Novo. A filiação esfriou as negociações com o prefeito Topázio Neto (PSD), que vai concorrer a um novo mandato e tenta atrair o PL para sua coligação.

O cenário é parecido em Campo Grande, onde o ex-presidente escolheu o ex-deputado Rafael Tavares como candidato, colocando o PL em campo oposto ao da prefeita Adriana Lopes (PP). Ela é apoiada pela senadora Tereza Cristina (PP), que foi ministra da Agricultura na gestão passada.

A definição pela candidatura própria acirrou o cenário político local, que caminha para uma pulverização com candidaturas próprias de PT, PSDB, MDB e União Brasil, todos com nomes considerados competitivos.

O PL também passa a ter uma candidatura robusta em Aracaju com a filiação da vereadora Emília Corrêa, um dos nomes mais combativos da oposição ao prefeito Edvaldo Nogueira (PDT).

Ainda há uma negociação em curso em Porto Velho (RO), onde o deputado federal Fernando Máximo quer trocar a União Brasil pelo PL, implodindo a possibilidade de uma grande aliança da direita em torno da ex-deputada Mariana Carvalho (Republicanos).

O que você está lendo é [PT e PL atraem novos quadros e podem ter embates diretos em até 12 capitais].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...