Com pressão do governo por qualidade, elétricas perderam R$ 5 bilhões
Quinze distribuidoras de energia, entre as 32 com ações na bolsa, perderam R$ 5 bilhões em dez dias devido à pressão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a Enel, empresa responsável pelo atendimento em São Paulo e que enfrenta uma grave crise devido às interrupções do serviço.
No levantamento, feito pela Elos Ayta Consultoria, Eletrobras e Equatorial Energia foram as mais penalizadas pelos investidores, que venderam seus papéis diante dos embates do governo federal.
Somente a Eletrobras, com quem a União trava uma disputa para ter mais poder de decisão, as perdas foram de R$ 3,2 bilhões no valor de mercado.
No caso da Equatorial, a queda nas ações gerou perdas de R$ 1,8 bilhão.
Segundo Einar Rivero, sócio da consultoria, o levantamento considerou as negociações entre 21 de março e 4 de abril —período da turbulência entre a Enel e o ministro.
Silveira já disse que pretende "arrancar até a última gotinha" dessas empresas para fazer a renovação dos contratos de concessão.
O ministro quis dizer com isso que exigirá muito mais pela entrega de mais qualidade na prestação do serviço. Ou seja: menos interrupções de fornecimento de energia e mais rapidez no restabelecimento quando isso ocorrer.
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