EUA e Japão selam aliança contra China com integração militar e missão à Lua

Joe Biden investiu no Japão como um dos principais aliados dos Estados Unidos em seu mandato. Nesta quarta-feira (10) , ao lado do primeiro-ministro Fumio Kishida, ele anunciou os principais resultados dessa estratégia: aprofundamento da integração militar, cooperação em inteligência artificial, uma missão lunar conjunta e, de bônus, novas cerejeiras para Washington.

Os dois líderes se reuniram na Casa Branca durante a manhã. É a 12ª vez que Biden e Kishida se encontram desde a posse do democrata, em 2023. A frequência reflete a prioridade dada pela Casa Branca ao país, seu maior aliado na vizinhança da China, potência vista por ambos como uma ameaça.

O principal anúncio feito nesta quarta foi o aprofundamento da integração militar. Aproveitando a suspensão do limite para exportações ligadas à defesa, os países formarão um conselho industrial militar que vai gerenciar a produção conjunta de armamentos, como mísseis.

Segundo integrantes da Casa Branca, a medida permitirá que os EUA usem a força industrial japonesa para preencher um dos pontos fracos americanos: a falta de capacidade de produção de itens estratégicos de defesa. No rol de ativos japoneses, está também a energia nuclear. Outro anúncio significativo foi a criação, junto com a Austrália, de uma rede de sistemas contra mísseis aéreos.

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Falando a jornalistas após a reunião, Biden afirmou que os avanços são os mais significativos em toda a história da relação com o Japão.

"Nós concordamos que nossos países continuarão a responder aos desafios relacionados à China por meio de uma estreita coordenação", disse Kishida a jornalistas. "Também reafirmamos a importância de continuar nosso diálogo com a China e cooperar com ela em desafios comuns."

Em inteligência artificial, foi anunciada uma parceria de pesquisa entre as universidades Carnegie Mellon e Keio financiada pela Microsoft e por empresas japonesas. Uma segunda parceria foi acertada entre as universidades de Washington e Tsukuba apoiada pela Amazon e pela Nvidia.

O terceiro eixo da aliança entre os países mira o espaço. EUA e Japão fecharam um acordo para que Tóquio se torne um membro integral da missão de exploração lunar Artemis liderada pela Nasa, prevista para 2026. Será a primeira vez que um não americano pisará na Lua, destacou Biden.

Em um gesto simbólico, Kishida se comprometeu a enviar a Washington novas cerejeiras, para substituir as que foram cortadas recentemente na capital americana em razão de um projeto de renovação urbana. As árvores foram presenteadas pelo Japão há 110 anos e plantadas ao longo de uma enseada. Turistas invadem a cidade todo ano para vê-las em flor.

O primeiro-ministro japonês disse que as cerejeiras são símbolos da relação entre os países, hoje estendida do "espaço ao oceano profundo", e que, como as árvores, continuará a crescer e florescer.

Na tarde desta quarta, os dois líderes devem participar de uma cerimônia para plantar uma cerejeira. À noite, a Casa Branca vai oferecer um jantar oficial para Kishida, um gesto reservado para os aliados mais próximos de Washington.

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