OEA condena energicamente invasão da embaixada do México em Quito

A OEA (Organização dos Estados Americanos) condenou "energicamente" a invasão da embaixada do México em Quito na última sexta-feira (5), quando policiais entraram no local e prenderam o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.

Reunidos na sede da organização em Washington nesta quarta (10), representantes de todos os países do continente votaram a favor da resolução, com exceção do Equador, que votou contra, e El Salvador, que se absteve. O México, convocado pelo Equador na terça (9) para apresentar seu ponto de vista sobre a operação, não participou da reunião do Conselho Permanente da entidade.

No fim de semana, a OEA já havia denunciado "qualquer ação" que colocasse em risco a inviolabilidade desses espaços. O texto debatido na manhã desta quarta, no entanto, é mais categórico ao "condenar energicamente a invasão das instalações da embaixada do México no Equador e os atos de violência perpetrados contra a integridade e a dignidade do pessoal diplomático da missão".

O documento pede também que todos os países respeitem a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e cumpram a Convenção sobre Asilo Diplomático. Por último, insta Equador e México a iniciar um diálogo "para resolver esse grave assunto de forma construtiva".

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Em nome do governo do presidente equatoriano, Daniel Noboa, o vice-chanceler do país, Alejandro Dávalos, acusou o México de promover a impunidade ao conceder asilo a Glas, que estava "condenado e foragido".

O ex-vice-presidente, que já foi um dos políticos mais importante do Equador, refugiava-se na embaixada mexicana em Quito desde dezembro, mas foi retirado capturado na última sexta, quando agentes encapuzados a bordo de carros blindados entraram no local.

A Convenção de Viena, assinada pelo Equador em 1961, determina que países signatários devem tomar todas as medidas para proteger a missão diplomática de outras nações em seu território e que seus prédios e propriedades são imunes a buscas e apreensões. "As instalações da missão serão invioláveis. Os agentes do Estado receptor não poderão entrar nelas, exceto com o consentimento do chefe da missão", diz o texto em seu artigo 22.

Em um debate na OEA nesta terça, o Brasil afirmou que o Equador cruzou uma linha vermelha quando invadiu o local. "Nem nos piores e nos mais sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente o direito à inviolabilidade dos locais de missão diplomática foi violado", disse a diplomacia brasileira.

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