Contraventor e PMs são alvos de operação que apura morte de advogado no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu 21 mandados de busca e apreensão contra dez pessoas investigadas por envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em 26 de fevereiro, em frente à sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local. Um dos alvos foi o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho.

O suspeito é apontado pela polícia como chefe de organização criminosa envolvida na exploração de jogos e no comércio ilegal de cigarros no Rio. A defesa de Adilsinho disse que ele é inocente e negou "qualquer envolvimento com os fatos investigados".

As equipes também fizeram buscas contra policiais militares investigados por envolvimento no homicídio. A ação teve apoio da Corregedoria da Polícia Militar.

Os policiais que estão na mira dos agentes são ligados ao Batalhão de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A cidade é apontada como área de atuação da organização criminosa envolvida na exploração de jogos e no comércio ilegal de cigarros, que seria liderada por Adilsinho, segundo a investigação.

As apurações mostram ainda que o contraventor era cliente da locadora onde foi alugado o carro usado para monitorar a vítima. Não há informações, no entanto, se o contraventor teria alguma ligação com o assassinato do advogado.

Crespo foi morto com 18 tiros, que provocaram 21 perfurações. Três pessoas estão presas por suspeita de envolvimento no crime: o policial militar Leandro Machado da Silva, que se entregou à polícia; Cezar Daniel Mondêgo de Souza, ex-funcionário da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro); e Eduardo Sobreira Moraes acusado de fazer a vigilância da vítima por pelo menos quatro dias.

A defesa do PM nega participação no crime. O advogado de Souza, Manoel de Jesus Soares, também negou a acusação. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Moraes.

Não houve mandados de prisão na ação desta terça, mas um policial militar acabou sendo preso em flagrante por posse ilegal de componentes de arma de fogo.

Ao todo, os agentes apreenderam um fuzil, uma carabina, três pistolas, munição, telefones e computadores, além de R$ 47.500 mil em dinheiro.

Investigações das polícias Civil e Federal apontam para Adilsinho como um dos principais responsáveis pelo monopólio da venda de cigarros no Rio. Ele também é apontado como controlador de parte do jogo do bicho na região metropolitana. A defesa do suspeito afirma que seu cliente é inocente das acusações.

O nome de Adilson tornou-se conhecido durante a pandemia de Covid-19, em 2023, quando promoveu uma festa de luxo no Copacabana Palace, com celebridades entre os convidados.

O evento gerou polêmica devido à aglomeração de pessoas em um momento de distanciamento social

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