Candidato a procurador-geral de SP marca missa para que seja feita a melhor escolha

O procurador José Carlos Bonilha marcou uma missa para que "seja feita a melhor escolha quando da eleição ao cargo de procurador-geral de Justiça" do Ministério Público de São Paulo, segundo o convite que tem enviado a colegas. Bonilha é um dos candidatos.

O encontro religioso foi marcado para sexta-feira (12), na paróquia São José, no Jardim Europa, bairro da zona oeste da capital, um dia antes da votação.

Ele afirma ao Painel que é católico praticante e que a igreja que ele frequenta celebrará a missa "pelo bem do Ministério Público", sem qualquer menção a qualquer candidatura ou mesmo a seu nome durante o encontro.

"Não haverá em qualquer momento o uso da igreja ou da religião para beneficiar qualquer um. Mas como acreditamos em Deus e frequentamos a igreja, essa missa é para que haja o melhor resultado para a instituição Ministério Público", diz Bonilha.

A eleição determinará a lista tríplice que será encaminhada para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que então escolherá o sucessor de Mário Luiz Sarrubbo, que assumiu a cadeira de secretário nacional de Segurança Pública do governo Lula (PT).

Sarrubbo apoia os candidatos José Carlos Cosenzo e Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. Bonilha e Antônio da Ponte são os nomes da oposição. Também concorre a procuradoraTereza Exner. O voto é obrigatório para os cerca de 2.000 membros da instituição.

Em sua carta de apresentação, Bonilha afirma que seu objetivo é libertar a Procuradoria-Geral de Justiça de "'modismos' e pautas de natureza puramente ideológica, eliminando a condição de submissão às demandas apresentadas por ativistas que se dizem representantes de minorias".

Em relação a esse tópico, ele afirma à coluna que essas pautas muitas vezes não coincidem com as "genuínas preocupações da sociedade". Como exemplo de medidas recentes que a PGJ teria tomado nesse sentido, Bonilha cita ações diretas de inconstitucionalidade contra leis municipais que preveem a menção a Deus no início das sessões das Câmaras de São Paulo.

"Não é uma prioridade da sociedade. Se você perguntar para um cidadão se a vida dele melhorou depois que o Ministério Público conseguiu que a lei fosse declarada inconstitucional, ele vai dizer que não fez diferença alguma", afirma o procurador.

Além disso, ele também afirma que pretende dar ênfase à democratização interna do MP-SP e à ampliação do home office.

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