Estamos vivendo uma emergência habitacional, afirma urbanista Raquel Rolnik

Calçadas, viadutos, escadarias, paradas de ônibus e praças. Sobre colchões finos, papelões, em barracas ou ao relento. Na paisagem de São Paulo, esses costumam ser os lugares nos quais pessoas em situação de rua podem ser vistas —ou ignoradas— por pedestres ou quem passa de carro, quase sempre apressados e indiferentes.

Representantes dessa população estiveram, na segunda-feira (8), em um cenário incomum, o prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na avenida Paulista, para o seminário Repense e Reconstrua, promovido pela entidade em parceria com a Comissão Arns, a FGV Direito SP e com apoio da 💥️Folha.

O evento atende à urgência que a questão assume no momento. "Acompanho esse tema há quase 50 anos na cidade e nunca vi uma situação como essa que nós estamos vivendo agora. Uma verdadeira emergência habitacional", afirmou a urbanista Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

Para Rolnik, o problema está ligado ao planejamento urbano e reflete um modelo de cidade que está em curso. "A nossa política urbana, incluindo o Plano Diretor, os projetos urbanísticos e o conjunto da regulação urbanística em vigor na cidade de São Paulo, hoje é uma verdadeira máquina de produção de população de rua", afirmou.

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