Entenda como funciona a lavagem de dinheiro do PCC em empresas de ônibus em São Paulo

Deflagrada na terça (9), a operação Fim da Linha tinha como objetivo desarticular uma organização ligada a duas empresas suspeitas de lavar dinheiro em São Paulo para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O esquema movimentou R$ 732 milhões de 2023 a 2022.

A operação foi coordenada pelo Ministério Público de São Paulo, e teve participação da Receita Federal e da Polícia Militar. Quatro pessoas foram presas ainda na terça (9).

Na quarta (10), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, denunciou 26 pessoas das empresas Transwolff e UPBus pela participação no esquema.

A Prefeitura de São Paulo nomeou dois interventores para conduzirem a operação dos ônibus enquanto duram as investigações. Entenda o funcionamento do esquema e o que se sabe até o momento.

o que se sabe sobre e como funciona o esquema de lavagem de dinheiro

A operação Fim da Linha, foi deflagrada na terça-feira (9) contra duas empresas de ônibus com operação na cidade de São Paulo suspeitas de lavar dinheiro para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Entre os objetivos estavam o cumprimento de 4 mandados de prisão e 52 de busca e apreensão. Segundo os promotores, havia indícios claros de cartelização.

Uma das empresas é a Transfwolff, e a outra, a UPBus. Segundo a SPTrans, a operação das duas mobiliza 1.500 ônibus, sendo a maior parte, 1.443 veículos, da Transwollf. A empresa faz o transporte de passageiros na zona sul da capital.

Já a UPBus realiza o serviço nas zonas norte e leste. Para comparação, a frota da cidade de São Paulo é de 13.289 veículos.

Juntas, as empresas receberam mais de R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo em 2023 pelos serviços de transporte na cidade.

O dinheiro "sujo" do PCC, de tráfico de drogas, roubos e outras atividades, era injetado em empresas de ônibus por meio de laranjas com experiência em ocultar patrimônio, segundo a Receita Federal. Essas pessoas aportavam capital ou faziam a aquisição de ônibus. Também havia o apoio de contadores.

Depois, as empresas distribuíam dividendos, mesmo que estivessem com prejuízo. Um dos sócios, por exemplo, recebeu R$ 14,8 milhões entre 2015 e 2022, período em que a empresa teve prejuízo acumulado de R$ 5 milhões.

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