Dori Caymmi celebra humor e poesia do pai nas canções inéditas de Prosa e Papo

Dori Caymmi lembra sempre do jeito como seu pai Dorival, nas conversas cotidianas, brincava com as palavras —misto de humor e poesia, muitas vezes captado da sabedoria popular. "Ele usava termos como ‘boca de afofô’, que nunca soubemos ao certo o que era", conta o compositor. "Papai era muito criativo, inventava personagens. Falava com as crianças de um dragão muito bravo, furioso, que era o Dragu, o dragão que não cagava, essas coisas".

Conversando sobre isso com seu parceiro Paulo César Pinheiro, Dori chamou a atenção especialmente para duas expressões que Dorival sempre repetia: "carrapicho é mato, carrapato é bicho" e "entre por onde saiu e faça de conta que nunca me viu".

Cada uma delas gerou uma letra de Pinheiro, musicadas depois por Dori. A primeira virou "Prosa e Papo", na qual o letrista embarca na brincadeira de Dorival e segue em versos como "Bananeira é fêmea, mamoeiro é macho/ Farolete é foco, flashlight é facho".

A outra deu origem a "Chato" ("Vá ver se estou na esquina/ Se eu tiver, não me chame/ Não toque alto a buzina/ Que é para não dar vexame").

Ambas foram o ponto de partida de "Prosa e Papo", disco que Dori lança nesta sexta-feira pela Biscoito Fino. O álbum traz oito inéditas em meio às 11 faixas —duas têm letras de Roberto Didio, o restante foi feito com Pinheiro, seu parceiro mais fiel.

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