Sabonetes enzimáticos auxiliam no controle de filamentos sebáceos na pele

Pontinhos escuros na região do nariz, queixo e bochechas, geralmente confundidos com cravos, são, na verdade, os filamentos sebáceos —estruturas naturalmente presentes na pele formadas pelo óleo produzido pelas glândulas sebáceas e células mortas. Para quem se incomoda com essa característica da pele, é possível aliar uma rotina de skincare com os sabonetes enzimáticos, que ajudam a regular o controle de oleosidade da pele.

Os filamentos sebáceos podem deixar os poros com aparência de dilatados e contribuir para a oleosidade excessiva, principalmente em quem tem propensão à acne. Eis que entram as formulações enzimáticas, que ajudam na eliminação das impurezas presentes na pele.

"Os sabonetes faciais enzimáticos contêm enzimas que desempenham um papel importante na limpeza da pele. Elas podem variar, mas, geralmente, incluem proteolíticas [enzimas que desempenham papéis essenciais na esfoliação da pele], como a bromelina (extraída do abacaxi) ou a papaína (extraída do mamão)", explica a especialista Maria Eugenia Ayres, formada e pós-graduada em farmacologia clínica.

As enzimas presentes nestes itens de limpeza atuam quebrando as ligações peptídicas das proteínas na pele. No processo, há uma remoção suave das células mortas, desobstruindo os poros e promovendo uma pele mais limpa. Ayres afirma que as enzimas podem regular a produção de sebo, tornando esses sabonetes um bom investimento para peles oleosas ou propensas à acne.

Os sabonetes podem vir em diferentes texturas. Os líquidos são à base de água e contêm ingredientes para estabilizar as enzimas, facilitando a aplicação. Já os em pó possuem enzimas secas, que se ativam ao entrar em contato com a água, formando uma espuma. Por fim, os sabonetes em gel, feitos com agentes gelificantes, com enzimas estabilizadas e outros ingredientes hidratantes, proporcionam uma limpeza e esfoliação da pele.

Entretanto, o uso destes produtos pode não ser indicado para pessoas com pele sensível ou condições dermatológicas como dermatite atópica, rosácea e psoríase.

"Dependendo da enzima que você coloca em uma pele ressecada, se o poder enzimático de limpeza e remoção do óleo do produto for muito alto, a pele resseca ainda mais", afirma o dermatologista Abdo Salomão Júnior.

"Para uma pele mais oleosa com tendência à acne pode fazer sentido, porque você tem a esfoliação, que tira as células mortas da superfície e desobstrui os poros, e a enzima pode ser bactericida para matar a bactéria. Da mesma forma, para rosácea pode ser utilizado", completa Júnior. O especialista, inclusive, sugere o uso de sabonetes em pó para limpar as mãos, proporcionando uma esfoliação superficial que remove a sujeira.

É importante observar que esses sabonetes não devem ser usados indiscriminadamente, pois têm indicações específicas. A esfoliação excessiva pode levar ao ressecamento da pele, removendo sua camada de proteção natural e aumentando a suscetibilidade a infecções e inflamações. Portanto, é essencial uma avaliação cuidadosa antes de usar esses produtos, especialmente para indivíduos com condições específicas de pele.

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