Tarcísio se cerca de militares em postos-chave no Governo de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixou o Exército em 2008 com o posto de capitão para enveredar em uma série de cargos técnicos até chegar à chefia do Ministério da Infraestrutura.

O período de 17 anos como militar e as amizades forjadas naquele período, porém, ainda moldam o jeito de administrar do governador. O principal sinal disso é a presença de pessoas com formação semelhante em postos-chave da administração, após uma gestão em que o ex-governador João Doria (ex-PSDB) trouxe diversos quadros da iniciativa privada ao governo.

Colegas do governador ainda do tempo de Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) ocupam desde a pasta mais poderosa do governo, a Casa Civil, à organização dos detalhes do dia a dia no Palácio dos Bandeirantes.

Quem convive com os egressos das Forças Armadas no governo diz que ninguém exige ser chamado pela patente ou anda fardado, mas que há uma formalidade maior e protocolos diferentes das liturgias habituais da política, uma língua que Tarcísio também fala.

Um coronel da reserva do Exército, amigo do governador desde o tempo de academia militar, assumirá a chefia de gabinete de Tarcísio, cargo hoje inexistente.

O nome escolhido para a vaga é o de André Porto, que foi para a reserva no ano passado para assumir com status de secretário a chefia da gerência de apoio ao litoral norte, região assolada por desabamentos.

O novo cargo ainda não foi criado, mas o militar despacha em sala próxima à de Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes. Entre as atribuições do posto está o controle de quem tem acesso ao governador, com setores que cuidam das agendas e do cerimonial, por exemplo, se reportando diretamente a ele.

O coronel da reserva faz parte de uma geração de militares que estudaram no mesmo período na Aman, entre 1993 e 1996, que inclui o braço direito do governador, Arthur Lima, titular da Casa Civil, e o próprio Tarcísio.

O secretário resiste no cargo apesar da pressão do mundo político desde o começo da gestão, com aliados criticando falta de articulação, de verbas e de espaço no governo. A última investida partiu do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para colocar o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que chefiou a Casa Civil federal em sua gestão, no lugar de Lima, conforme mostrou o jornal O Globo.

O governo negou a saída do secretário, amigo do governador que também trabalhou com ele no governo federal, chefiando a EPL (Empresa de Planejamento e Logística), vinculada ao Ministério da Infraestrutura.

O que você está lendo é [Tarcísio se cerca de militares em postos-chave no Governo de SP].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...