Entenda polêmica sobre uso de IA para restaurar filmes antigos como Titanic

Em 1998, Geoff Burdick, um executivo da Lightstorm Entertainment, produtora de James Cameron, estava diante de um monitor de 12 polegadas, preparando cuidadosamente "Titanic" para o lançamento em fita VHS.

O processo feito num computador de última geração tornou possível para Burdick e sua equipe examinar minuciosamente o filme, quadro a quadro, removendo pequenas imperfeições do filme original.

Saíram pequenos arranhões, fragmentos de sujeira e até manchas de água que borravam a imagem. O computador podia apagar as imperfeições usando uma ferramenta que ocultava os defeitos com informações de outro quadro.

Burdick, agora vice-presidente sênior da empresa, diz que esse processo parecia mágica na época. Mas os resultados não foram bem recebidos.

"Muitas pessoas diziam que este era o VHS mais bonito que já tinham visto na vida porque tínhamos nos livrado daquela confusão", ele relembra. "Mas muitas outras falavam 'isso não está certo, você removeu tudo! Se a versão original está arranhada, deveríamos ver esse arranhão'. Elas eram muito radicais."

Nas décadas seguintes, os formatos de vídeo doméstico alcançaram resoluções cada vez mais altas, com VHS e LaserDisc dando lugar ao DVD e ao Blu-Ray, e eventualmente a Blu-Rays de ultradefinição.

À medida que a qualidade da imagem melhorou, as ferramentas de restauração evoluíram também, tornando mais fácil para os cineastas ajustarem seus trabalhos com computadores.

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