Palestinos detidos por Israel relatam espancamentos e humilhações, diz UNRWA

Palestinos da Faixa de Gaza libertados após detenção de Israel descrevem cenas de abuso físico em depoimentos coletados por trabalhadores das Nações Unidas, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira (16) pela UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos.

Detidos dizem que foram obrigados a ficar de joelhos por horas com as mãos amarradas e com os olhos vendados, privados de água e comida, sem local adequado para urinar, entre outras humilhações, afirma o relatório. Outros descrevem terem sido espancados com barras de metal, coronhas de armas e chutes ou forçados a entrar em gaiolas e atacados por cães, de acordo com o texto.

O New York Times não entrevistou as testemunhas que falaram aos trabalhadores da UNRWA e não pôde verificar de forma independente seus relatos. Nenhum dos depoentes é citado nominalmente. Ainda assim, alguns dos depoimentos no relatório coincidem com relatos fornecidos ao New York Times, em janeiro, por mais de uma dúzia de libertos e seus parentes, que mencionam espancamentos e interrogatórios severos.

As forças israelenses prenderam milhares de palestinos de Gaza durante sua campanha de seis meses contra o Hamas, o grupo terrorista palestino. O Exército de Tel Aviv diz que prende suspeitos de envolvimento com a facção e com outros grupos, mas mulheres, crianças e idosos também foram detidos, de acordo com o relatório da UNRWA.

Os militares e o escritório do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, não responderam a um pedido de comentário sobre o relatório. Mas, ao serem questionadas sobre acusações semelhantes de abuso no passado, autoridades israelenses disseram que os detidos são mantidos de acordo com a lei e que seus direitos básicos são respeitados.

Funcionários da UNRWA reuniram depoimentos de mais de cem palestinos libertados que chegaram à passagem de Kerem Shalom, na fronteira de Gaza com o sul de Israel, ao longo de vários meses. De acordo com o texto, médicos palestinos ocasionalmente levavam prisioneiros libertados que estavam feridos ou doentes diretamente para hospitais da região, acrescentando que às vezes eles apresentavam "sinais de trauma e maus-tratos".

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