Maduro diz que receberá de volta escritório da ONU expulso em fevereiro

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (23) o retorno ao país do escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expulso em fevereiro após expressar preocupação com a prisão da ativista humanitária Rocío San Miguel.

Maduro fez o anúncio ao lado do procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, que está investigando a Venezuela por possíveis crimes contra a humanidade, e celebrou a reabertura da delegação.

"Recebi a proposta de convidar novamente a abertura do escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos em nosso país. Estou de acordo que superemos as diferenças, o conflito que tivemos", disse Maduro em um evento ao lado de Khan no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

"Estou preparado para receber o enviado Volker Türk", acrescentou, em referência ao representante da organização de direitos humanos da ONU.

Khan, que abriu um escritório da promotoria do TPI em Caracas nesta terça, agradeceu a Maduro por ele ter expressado compromisso com os pedidos para permitir que o escritório do Alto Comissariado da ONU retorne à Venezuela. "Acredito que é algo muito positivo e que deve ser parabenizado, algo que deve ser enfatizado em sua importância".

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O alto comissariado havia expressado "profunda preocupação" com a detenção em fevereiro de Rocío San Miguel, uma especialista em assuntos militares acusada de terrorismo por seus supostos vínculos com um plano para assassinar Maduro.

O regime condenou a reação, acusou o escritório de "se tornar o escritório particular do grupo de golpistas e terroristas" à época, e expulsou os funcionários do órgão do país.

O escritório havia estabelecido seu gabinete na Venezuela em 2023, quando a ex-presidente chilena Michelle Bachelet ocupava o posto máximo no órgão. Antes de deixar o cargo, ela disse ter notado progressos nos direitos humanos na Venezuela, mas afirmou que ainda havia muito a fazer.

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