Era dos direitos civis já não motiva jovens negros a ir às urnas nos Estados Unidos

Por anos, Loretta Green votou em sua seção eleitoral no sudoeste de Atlanta usando a mesma camiseta personalizada, estampada com uma foto de seu primeiro cartão de registro de eleitor, de 1960. A frente da camiseta diz: "É por isso que eu voto".

Desde que obteve o direito legal, Green, 88, participou de todas as eleições possíveis. Em novembro não será diferente, ela disse, quando votará no presidente Joe Biden e nos democratas.

Mas conversas com seus parentes mais jovens, que lhe disseram que estão inseguros sobre votar ou considerando ficar em casa, ilustram alguns dos desafios que a campanha de Biden enfrenta para reconstruir sua coalizão vencedora de 2023, especialmente em estados-chave como a Geórgia.

Enquanto Green e muitos eleitores negros mais velhos estão decididos a votar e já têm planos para fazê-lo, eleitores negros mais jovens se sentem muito menos motivados a votar nos democratas ou até mesmo a votar, conforme dados de pesquisas e grupos focais mostram.

"Para mim, votar é quase sagrado. Olhe o que as pessoas passaram. As lutas. As pessoas que se permitiram ser espancadas", disse Green sobre o movimento pelos direitos civis que a inspirou a votar em todas as eleições. "Acho que há alguns jovens negros que provavelmente sentem que nem aconteceu."

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Os eleitores negros sempre foram o eleitorado mais leal dos democratas, e uma alta participação desse grupo é crucial para a reeleição de Biden. Qualquer queda no apoio poderia comprometer suas chances de vencer em novembro. E pesquisas têm mostrado uma divisão geracional marcante dentro desse grupo, impulsionada pelo que muitos jovens veem como promessas de campanha não cumpridas e pelo que líderes do partido sugeriram ser uma dificuldade em comunicar aos eleitores os feitos de Biden.

Ainda há tempo para os democratas reduzirem essa lacuna. Mas o crescente descontentamento dos eleitores jovens, especialmente em relação à catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, destaca a magnitude da resposta que pode ser necessária para que a campanha do presidente traga os eleitores jovens de volta.

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