Lula fala em aumento para servidores, mas diz que nem sempre é tudo o que pedem
Em meio à disseminação de greves no setor público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (23), que as categorias "pedem o quanto eles querem", mas o governo dará "o quanto pode" de aumento para o funcionalismo.
"Estamos preparando aumento de salário para todas as carreiras. E vão ter aumento. Nem sempre é tudo o que a pessoa pede. Muitas vezes é aquilo que a gente pode dar", afirmou.
"Vamos negociar com todas as categorias. Ninguém será punido neste país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. É um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles pedem quanto eles querem, a gente dá quanto a gente pode", completou.
A declaração de Lula foi dada em um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, o primeiro encontro do tipo promovido em 2024.
O governo negocia com categorias reajuste para 2025 e 2026. Neste ano, não haverá aumento para nenhuma categoria, apenas em auxílios.
Lula disse ainda que as negociações são feitas com o "dirigente sindicalista mais preparado do Brasil", o secretário de Relações de Trabalho, José Luiz Feijóo. O presidente afirmou que as pessoas falam que o ex-presidente da CUT é "duro", e ele concordou, citando o histórico sindicalista dele, que até foi preso.
"É duro, mas sempre com disposição de negociar", afirmou.
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Feijóo coordenou, na sexta-feira passada, rodada de negociação com sindicatos de servidores e professores de universidades e institutos federais, que estão em greve desde o dia 15 de abril.
As propostas foram parecidas. Nos dois casos, o governo propôs antecipar o pagamento do reajuste do ano que vem de maio para janeiro. Para servidores técnico-administrativos, a proposta prevê 9,5% de reajuste e, para professores, de 9% em 2025.
As duas categorias receberiam, caso a proposta seja aceita, outro reajuste de 3,5% em maio de 2026.
As propostas anteriores do governo eram de 4,5% em 2025 e 2026, pagos a partir de maio.
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