Navio ligado a envio de armas da Coreia do Norte para a Rússia está atracado na China, mostra satélite

Um navio de carga russo alvo de sanções dos Estados Unidos e implicado na transferência de armas da Coreia do Norte para Moscou está atracado na China, mostram imagens de satélite obtidas pela agência de notícias Reuters.

Fotos de empresas como a Planet Labs PBC, com sede em San Francisco, obtidas nos últimos meses pelo Rusi (Royal United Services Institute), do Reino Unido, mostram que o navio Angara está ancorado desde fevereiro no estaleiro Zhoushan Xinya, na província chinesa de Zhejiang.

Desde agosto de 2023, a embarcação de propriedade da companhia M Leasing, alvo de sanções em maio de 2022 pelos EUA por "transporte de armas e outros equipamentos militares" de interesse do Kremlin, segundo Washington, move para portos russos milhares de contêineres.

Agora, a presença da embarcação na China revela os desafios enfrentados pelos EUA e seus aliados para sufocar o apoio militar e econômico à Rússia em um momento de preocupações com o apoio de Pequim a Moscou na Guerra da Ucrânia.

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Sob uma nova ofensiva russa, Kiev sofre com escassez de munição enquanto autoridades dos EUA emitem advertências cada vez mais severas sobre o que dizem ser uma ajuda da China na reconstrução militar de Moscou.

Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse à Reuters estar ciente dos relatos de que o Angara estaria atracado em um porto chinês e afirmou que a pasta abordou o tema com autoridades chinesas, além de ter pedido para que os países cumpram a resolução da ONU que restringe o comércio com a Coreia do Norte.

Ainda segundo esse funcionário, Antony Blinken, chefe do departamento, vai mencionar a Guerra da Ucrânia em sua visita à China nesta semana. Em Xangai, Blinken defendeu nesta quinta-feira (25) a necessidade de administrar "de forma responsável" as diferenças entre Washington e Pequim.

O navio foi identificado por meio de seu sistema de identificação automática (AIS), que foi brevemente ligado, provavelmente por motivos de segurança, enquanto navegava em um trecho movimentado do Estreito da Coreia a caminho da China.

O Rusi diz que, antes de chegar à China em 9 de fevereiro, aparentemente para reparos ou manutenção, o Angara havia atracado em janeiro em portos da Coreia do Norte e da Rússia com seu dispositivo de comunicação desligado. A embarcação parou de transmitir sinal logo após chegar à China.

O navio havia realizado pelo menos 11 entregas entre o porto norte-coreano de Rajin e portos russos desde agosto de 2023, de acordo com o Rusi, que tem monitorado seus movimentos como parte de um projeto que usa dados de fontes abertas para monitorar as violações às sanções da Coreia do Norte.

A embaixada da China em Washington diz não estar ciente dos detalhes relacionados ao Angara, mas reafirmou sua oposição a sanções que, na visão do país, "não têm base no direito internacional". O Ministério das Relações Exteriores da China também disse que não tinha informações sobre o assunto.

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