Polícia prendeu cerca de 300 manifestantes em universidades de NY após desocupar prédio de Columbia

A polícia da cidade de Nova York entrou na Universidade Columbia na noite desta terça-feira (30), em um novo esforço para dispersar os manifestantes pró-Palestina. Ao todo, cerca de 300 pessoas foram presas na instituição e na City College of New York, segundo o prefeito da cidade, o democrata Eric Adams.

Imagens de TV da imprensa local mostraram um grupo de agentes de uma unidade de choque, equipados com capacetes e cassetetes, entrando em Columbia, universidade no distrito de Manhattan que tem sido o epicentro dos protestos estudantis que se espalharam por dezenas de instituições de ensino nos EUA.

"Estamos limpando tudo", gritava a polícia enquanto marchava até a entrada do prédio, onde mais cedo o grupo de ocupantes havia construído barricadas com a mobília da própria unidade. Curiosamente, a ação ocorreu no mesmo dia em que, em 1968, a polícia de Nova York também entrou no campus e prendeu centenas de manifestantes que ocupavam prédios da instituição.

Depois de duas semanas de acampamentos, um grupo invadiu um dos prédios da instituição durante a madrugada, horas depois de a universidade ter estabelecido um prazo para que eles desmontassem as barracas erguidas em protestos pró-Palestina no campus.

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Segundo o jornal New York Times, a polícia usou a escada de um caminhão utilizado em serviços de emergência para entrar por uma das janelas do Hamilton Hall. O histórico edifício acadêmico, invadido pelo grupo de manifestantes, havia sido rebatizado por eles de Hind Hall, em homenagem a Hind Rajab, uma criança palestina de seis anos que morreu em decorrência da guerra Israel-Hamas.

Ainda de acordo com informações do jornal americano, vários estudantes foram vistos sendo retirados do prédio com as mãos atadas com braçadeiras. "Libertem a Palestina", gritavam os manifestantes do lado de fora do prédio, em uma cena iluminada pelas luzes vermelhas e azuis dos veículos policiais. Eles não ofereceram resistência e foram levados do perímetro de Columbia em um ônibus da polícia, sob vaias dos manifestantes que seguiam do lado de fora da universidade.

Por volta das 23h no horário local (0h de Brasília), a polícia afirmou que todas as pessoas do prédio haviam sido retiradas e que não havia mais ninguém no acampamento. "As únicas coisas que sobraram são as barracas e os pertences [dos manifestantes]", disse Carlos Nieves, porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York.

"Columbia se orgulhará desses estudantes em cinco anos", disse Sueda Polat, uma das negociadoras estudantis da Columbia University Apartheid Divest, a coalizão de grupos estudantis que organizou os protestos. Ela afirmou que os estudantes não representavam perigo e pediu que a polícia recuasse, enquanto os agentes gritavam para ela deixar o campus.

Pouco depois do início da operação policial, a instituição divulgou um comunicado no qual lamenta "que os manifestantes tenham escolhido agravar a situação por meio de suas ações".

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