Ataques em Gaza deixam 40 mortos ante expectativa de cessar-fogo, dizem médicos

Palestinos esperam um possível acordo de cessar-fogo na mais recente rodada de negociação que acontece na cidade do Cairo, no Egito, em meio a novos ataques aéreos atribuídos a Israel que, somente nesta segunda-feira (29), mataram ao menos 40 pessoas na Faixa de Gaza, segundo a agência Reuters.

Em Rafah, centro urbano superlotado no sul de Gaza que abriga mais de 1,5 milhão de palestinos, ataques que atingiram três casas foram responsáveis por mais de 20 das 40 mortes. As Forças Armadas israelenses disseram que estavam verificando os relatos.

Uma ofensiva terrestre à cidade tem sido antecipada há semanas, mas governos estrangeiros e a ONU manifestam preocupação de que a ação resulte em uma catástrofe humanitária, dada a quantidade de deslocados pelo conflito morando na área.

Enquanto os ataques aéreos continuam, com mortes também na Cidade de Gaza, no norte, e na porção central do território, uma delegação do Hamas discute no Cairo, com mediadores do Qatar e do Egito, a última proposta de Tel Aviv para uma eventual trégua em troca da libertação de reféns.

Segundo o jornal The New York Times, Israel aceitou reduzir em sua proposta mais recente o número de reféns para o Hamas libertar em uma primeira fase da trégua. Durante meses, Tel Aviv demandou ao menos 40 mulheres, idosos e pessoas gravemente doentes sob poder do grupo terrorista para garantir um cessar-fogo temporário. Agora, o governo israelense está preparado para aceitar 33, após a possível morte de alguns deles, de acordo com uma das autoridades consultadas pelo jornal americano.

O número de reféns a serem libertados era a principal divergência entre o Hamas e as autoridades israelenses nos últimos meses, ao lado da duração da trégua —embora negocie, a facção almeja o cessar-fogo definitivo, algo que Israel diz ser um pretexto para que o grupo se reorganize e volte a fazer ataques.

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Após essa primeira fase, Tel Aviv permitiria a circulação livre entre o sul e o norte da Faixa e faria uma retirada parcial das tropas israelenses de Gaza, segundo afirmou um integrante do Hamas à Reuters. Uma segunda fase consistiria em um "período de calma sustentada", uma resposta à demanda da facção por uma trégua permanente.

A proposta foi descrita como generosa pelo secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, que está na capital da Arábia Saudita para uma reunião do Fórum Econômico Mundial. Segundo ele, o plano também inclui uma pausa de 40 dias nos combates e a potencial libertação de milhares de palestinos detidos em prisões de Israel.

"Espero que o Hamas aceite essa proposta. Francamente, toda a pressão do mundo e todos os olhos do mundo deveriam estar sobre eles hoje", disse Cameron. O chanceler egípcio, Sameh Shoukry, afirmou na mesma conferência que estava esperançoso com a última proposta de cessar-fogo, mas não deu detalhes.

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